Aníbal Ponce

Aníbal Ponce
(1898 - 1938)
Aníbal Norberto Ponce Speratti nasceu em Buenos Aires em 6 de junho de 1898 e faleceu em na Ciudad de México em 18 de maio de 1938, em consequência dos ferimentos recebidos num desastre de automóvel ocorrido perto de Zitácuaro, na estrada que liga Morelia à Capital.

Aníbal Ponce fez seus estudos elementares na cidade de Dolores e os secundários no Colégio Nacional Central da capital argentina, ingressando em seguida na Faculdade de Medicina, que abandonou no 3º ano, sem completar o curso.

Sua carreira de escritor, primeiramente como ensaísta e depois como filósofo, historiador e cientista, começou muito cedo, em 1917, na revista Nosotros, dirigida  por Alfredo Bianchi. Em 1920, Ponce conhece Ingenieros, com quem conviveu estreitamente nos 5 anos seguintes e que o influenciou profundamente, moldando a mentalidade liberal, positivista e pré-socialista do jovem Aníbal. Com a morte de Ingenieros, Ponce continua sozinho o seu amadurecimento intelectual, encaminhando-se pouco a pouco para o materialismo dialético, que acaba abrançando definitivamente por volta de 1930, depois de uma estada na Europa, principalmente em Paris.

De volta à pátria, inicia Ponce uma militância socialista ativa entre operários e estudantes, especialmente entre estes últimos, pronunciando conferências, ministrando cursos e escrevendo artigos. Em 1930, funda com outros intelectuais portenhos o Colégio Livre de Estudos Superiores, onde ministrou, em 1934, um curso de História da Educação que se converteria, 3 anos mais tarde, no presente livro. Em 1933, preside em Montevidéu o Congresso Latino-Americano Contra a Guerra Imperialista. Em 1936, funda a revista Dialética.

Em Educação e luta de classe, Aníbal Ponce apresenta os fatos educacionais e a exposição das concepções filosófico-educacionais, procurando fazer uma análise da subestrutura econômica da sociedade correspondente. Ele mostra ao decorrer do livro diversos povos de diferentes épocas, caracterizando a educação desde o aparecimento da sociedade divida em classes, podendo encontrar uma progressiva "popularização" da cultura.