26 de jun. de 2011

Novas Ideias

Defensor autêntico da Igreja e representante dos nobres. Exigia para o “jovem de ascendência nobre”, um ensino diferente. Acreditava que deveria limitar o campo dos estudos às coisas de profunda utilidade. Defendia também, que em oposição a vida “santa” dos monges e à “cavalheiresca” dos barões, os humanistas deveriam defender outra espécie de vida, que fosse menos laica que a primeira e menos predadora do que a outra.

Reformista e intérprete da burguesia moderada e da pequena nobreza. Pretendia acabar com o poderio do clero e instituir uma Igreja de poucas despesas. Instrução elementar passa a ser o seu primeiro dever de caridade e aconselha os pais a enviarem seus filhos à escola. Este compreendeu a estreita relação da difusão escolar com o progresso econômico, de tal forma a afirmar que a instrução constituía uma fonte de riqueza e de poder para a burguesia, mas que não pensava em estender tais benefícios às massas populares.

Proclamou a necessidade de economizar tempo no terreno educativo. Defendeu a teoria de ensinar rapidamente e solidamente. Acreditava que deveria apresentar a juventude às próprias coisas, ao invés de suas sombras, ou seja, ensinar de forma real. “Só fazendo, escrevendo e pintando é que se aprende a fazer, escrever e pintar.”,dizia ele. Além de afirmar que o que faltava nas escolas era os conhecimentos reais.

Dizia que era preciso aprender o que será útil e aconselhava o estudo da escrituração convencional como “absolutamente necessário”.

PONCE, A. Educação e luta de classe. São Paulo: Cortez Editora e Autores Associados, 1981. (Capítulo V)

MONTAIGNE 
Criticou o caráter superficial e verbal da educação quer escolástica, quer humanista. Tratava-se, na verdade, de revelar a ligação do processo educativo com a vida real do homem. As ideias da pedagogia da existência se manifestavam na obra de Montaigne para revoltar-se contra a pedagogia da essência. Esta revolta condenava não somente os princípios de adestramento postos em dúvida pela maioria dos humanistas, mas também as afirmações fundamentais da pedagogia da essência,isto é, a submissão do homem aos valores e aos dogmas tradicionais e eternos.

JESUÍSTAS 
Realçavam com vigor o sentido religioso e dogmático da essência pedagógica, em contraposição aos que faziam concessões a uma relativa adaptação do trabalho, do ensino e da educação. Os jesuítas desenvolveram a sua ação recorrendo a diversos meios; um deles era a escola, que devia formar os jovens de modo a tornarem-se fiéis e obedientes aos filhos da Igreja.

Criador de um sistema pedagógico dependente da Natureza. Aconselhava, que o mestre seguisse o exemplo do jardineiro, tratando das plantas conforme suas necessidades e possibilidades.

Vê a noção de natureza da criança de modo empírico. A educação não devia ter por objetivo a preparação da criança com vista ao futuro ou moldá-la de determinado modo; devia ser a própria vida da criança. A realidade que interessa Rosseau e o absorve é a vida concreta, cotidiana e verdadeira do homem. A pedagogia rosseuniana foi a primeira tentativa radical de oposição fundamental à pedagogia da essência e de criação de perspectivas para uma pedagogia da existência.

Dedicou toda a sua vida às crianças pobres; preocupava-se, fundamentalmente, em desenvolver essas crianças de acordo com os seus dons,possibilidades e experiências do mundo e da sociedade.

Procurou mostrar a unidade geral, os fenômenos através dos quais a criança no seu desenvolvimento espontâneo se transforma num homem tornando interior o que era exterior e vice-versa. Este criou a primeira obra do jogo, através da expressão, do conhecimento do meio, da criação e da alegria.

SUCHODOLSKI, B. A pedagogia e as grandes correntes filosóficas. Lisboa, Horizonte, 1984. (Capítulo IV, V, VI)

Pontuado por Izabela Moreira Alves e organizado por Flávia Lemos Bianquini.