Em Atenas vemos surgir a necessidade de uma “nova educação” para um “novo homem”. Atacando frontalmente a tradição dominante, os sofistas propuseram dar aos atenienses não só os conhecimentos que a vida prática requeria, como também secularizar a conduta, tornando-a independente da religião.

Uma educação para a prosperidade era a educação reclamada por todos. A “virtude” do proprietário guerreiro, que pretendia, acima de tudo, formar soldados, empalidecia diante do “bem-estar” do homem enriquecido e próspero, que aspirava formar indivíduos conscientes do seu próprio valor e capazes de abrir novos caminhos a qualquer custo.

Porém, Protágoras assinalava como fim da educação: “dar bons conselhos em assuntos domésticos, para que os jovens arranjem as suas casas do melhor modo possível, da mesma forma que capacitá-los em assuntos políticos, para serem capazes de dominar os negócios da cidade.
A “velha educação” impunha às crianças uma disciplina militar. Na sua ida a escola as crianças eram acompanhadas por um escravo (pedagogo) até um lugar em que se reuniam todas as crianças do bairro.
Teóricos da educação propriamente ditos, como Platão e Aristóteles interpretaram, cada qual ao seu modo, o sentir das classes dominantes.
Formar os guardiões do estado, que saibam ordenar e obedecer, de acordo com a justiça.A justiça seria conseguida desde que cada classe social realize a sua função própria. PLATÃO
“Não apenas sustentou que a escravidão estava na natureza das coisas, como afirmou que as classes industriais são incapazes de ‘virtude” e de poder político.” ARISTÓTELES
Para ambos uma sociedade fundada no trabalho escravo não podia assegurar cultura para todos. O rendimento da força humana era tão exíguo que um homem não podia estudar e trabalhar ao mesmo tempo. Portanto, aos filósofos caberia a direção da sociedade, aos guerreiros, protegê-las e aos escravos manter as duas classes anteriores. A separação entre a foca física e a força mental impunha ao mundo antigo estas duas enormidades: para trabalhar, era necessário gemer misérias da escravidão e, para estudar, era preciso refugiar-se no egoísmo da solidão.
Todo esse contexto nos faz lembrar da Escola de Atenas. A seguir um vídeo para exemplificar essa ideia.
PONCE, A. Educação e luta de classe. São Paulo: Cortez Editora e Autores Associados, 1981.(Capítulo II)
SUCHODOLSKI, B. A pedagogia e as grandes correntes filosóficas. Lisboa, Horizonte, 1984.(Capítulo II)
SUCHODOLSKI, B. A pedagogia e as grandes correntes filosóficas. Lisboa, Horizonte, 1984.(Capítulo II)
Escrito por Flávia Lemos Bianquini.