tag:blogger.com,1999:blog-58956441255068010522024-02-02T01:54:53.805-03:00Educação e Históriafbianquinihttp://www.blogger.com/profile/06669812451549654145noreply@blogger.comBlogger17125tag:blogger.com,1999:blog-5895644125506801052.post-15908308711468048162011-06-27T00:46:00.004-03:002011-06-27T00:49:16.366-03:00Luta de Classes<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"><a href="http://educehist.blogspot.com/p/anibal-ponce_17.html">PONCE</a> em sua obra preocupou mostrar que as lutas de classe acontecem por inúmeros fatores, tudo depende do contexto histórico e das grandes movimentações. A educação aparece como papel fundamental para que elas se desencadeiem.<br />
</span></span></div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Ele afirma que: “Quando estudamos as origens das classes sociais, temos a tendência de supor que logo em seguida aparece a luta consciente entre essas classes. A luta consciente propriamente dita entre as classes de uma sociedade, no entanto, não se desenvolve, a não ser em determinado momento da evolução dessa sociedade.”<span style="font-size: large;"><br />
</span></span></span><br />
<div style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-size: large;">Que evolução seria essa se não a da transformação da educação?</span></span></span></div></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
Na transformação da sociedade comunista primitiva em sociedade dividida em classes, a educação teve como fins específicos a luta contra as tradições do comunismo tribal. O ideal pedagógico já não podia ser o mesmo para todos; não só as classes dominantes tinham ideais diferentes dos da classe dominada, como ainda tentam fazer com que a massa laboriosa aceite essa desigualdade de educação como uma desigualdade imposta pela natureza, desigualdade, contra a qual seria loucura rebelar-se.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"> </span><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">No homem antigo, a “liberdade” de ensino não implicava, portanto, a liberdade de doutrina. O professor não moldava os seus discípulos de acordo com as suas próprias concepções; devia formar neles os futuros governantes e inculcar neles, pela mesma razão, o amor à pátria, às instituições e aos deuses.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">O aparecimento das novas classes sociais havia transformado de tal modo as velhas relações que a sua influencia se fez sentir ate na disciplina mantida nas escolas. Em todos os lugares se clamava por uma escola mais humana, mais alegre, menos rígida.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"> </span><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">As origens da nova classe social que começou a se formar durante a idade Média são um pouco obscuras. Até o século X, as cidades não passavam de miseráveis vilas. Os seus habitantes se resumiam a uns poucos artesãos e domésticos, que trabalhavam para o senhor feudal. Mas, a partir do século XI, progressivas modificações técnicas provocaram um florescimento do comércio. A educação se dava pelo ensino religioso, onde qualquer um que quisesse obter conhecimento deveria entrar para um convento.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"> </span><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Ponce conclui dizendo que “O conceito da evolução histórica como um resultado das lutas de classe nos mostrou, com efeito, que a educação é o processo mediante o qual as classes dominantes preparam na mentalidade e na conduta das crianças as condições fundamentais da sua própria existência. [...] A classe que domina materialmente é também a que domina com a sua moral, a sua educação e as suas idéias. Nenhuma reforma pedagógica fundamental pode impor-se antes do triunfo da classe revolucionária que a reclama.”</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">“Revoluções no campo educativo, não vimos mais do que duas: quando a sociedade primitiva se dividiu em classes e quando a burguesia do século XVIII substituiu o Feudalismo”<br />
<br />
“Em todos esses casos, as reformas educacionais foram precedidas de transições sociais, mas não de convulsões; em todos esses casos, houve previamente modificações no equilíbrio das classes, mas não houve ruptura desse equilíbrio. As quatro reformas mencionadas foram o contragolpe no terreno educacional de um processo econômico mediante o qual uma sociedade aristocrática e agrícola retorcida sem claudicar diante de uma sociedade comerciante e industrial.” </span> </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">PONCE, A. <span style="font-style: italic;">Educação e luta de classe.</span> São Paulo: Cortez Editora e Autores Associados, 1981.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">Escrito por Flávia Lemos Bianquini. </span></div>fbianquinihttp://www.blogger.com/profile/06669812451549654145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5895644125506801052.post-5652058272246014442011-06-27T00:38:00.005-03:002011-06-27T00:43:26.342-03:00A Essência e A Existência<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><a href="http://educehist.blogspot.com/p/bogdan-suchodolski.html">BOGDAN SUCHODOLSKI </a>em sua obra <i>A pedagogia e as grandes correntes filosóficas procurou </i>dividir as manifestações pedagógicas originadas desde a antiguidade até a atualidade em duas correntes distintas: a pedagogia da essência e a pedagogia da existência.<br />
<br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">A pedagogia da essência foi iniciada por Platão e desenvolvida pelo cristianismo. Platão diferenciou no homem o que pertence ao <i>mundo das sombras (</i>o corpo, o desejo, os sentidos) e o que pertence ao <i>mundo das idéias </i>(o espírito na sua forma pensante). A pedagogia da essência procura pesquisar tudo que é empírico no homem e entender a educação como ação que desenvolve no indivíduo a sua essência "verdadeira". O cristianismo segue esses rumos do pensamento platônico, inclusive as concepções de Santo Agostinho, considerando, evidentemente, as diferenças devidas. Nessa fase, há uma reafirmação do ideal dualista de homem e de mundo. Similar à educação em Platão, na pedagogia cristã deve-se buscar tudo o que aproxima o homem ao divino e evitar as coisas terrenas, mundanas. Com algumas restrições, São Tomás de Aquino também procura seguir a mesma linha de pensamento.<br />
<br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Porém, no Renascimento esses ideais pedagógicos cristãos e platônicos são questionados. A vida social, a tradição e principalmente a autoridade clerical são cada vez mais contestadas. Nesse período, surgem também as indagações sobre o que se entende por essência. Será ela única, universal e manifestada de forma semelhante em todos os homens ou há uma diversidade? Há construção, transformação da essência? Mesmo sob críticas e indagações a pedagogia da essência consegue ser mantida pelos jesuítas, através de uma orientação mais tradicional; e pela natureza, como algo liberal e laico. <br />
<br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Eis que surge nesse momento, a visão de Rousseau, este transfere a concepção de natureza metafísica para o olhar empírico.<i> “Se o homem é bom por natureza, a educação não deve ser concebida de modo a conduzir à destruição de todo seu eu empírico e ao renascimento da sua ‘verdadeira essência’ oculta; a educação poderia apoiar-se sobre a totalidade do homem empírico...”.( p .46).</i> Rousseau por se interessar pela vida cotidiana do homem foi o primeiro a sugerir uma pedagogia da existência. Desde modo, a pedagogia é voltada para o olhar concreto do homem, ele tal como é.<br />
<br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">A pedagogia da existência se fortalece nas concepções evolucionistas de Darwin e Spencer. A evolução é uma das características essenciais da realidade, é o que faz abandonar a autoridade passada e valorizar a presente. Mas é no século XX que Copérnico revoluciona as concepções educacionais. A criança agora é vista como sujeito da educação, sua atividade é valorizada e tudo o que despertar seu interesse, curiosidade e criatividade deve ser adotado no processo educacional.<br />
<br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i>“Unir educação e vida de modo que não seja necessário um ideal – ou definir um ideal tal que a vida real não seja necessária – eis os dois extremos do pensamento pedagógico da nossa época”. (p.123).</i> Como é praticamente impossível a fusão das concepções pedagógicas da essência com a existência, já que a sociedade burguesa não contribui para isso, é possível seguir outro caminho: a trilha da educação direcionada para o futuro.<br />
<br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-size: small;">Essa obra de Suchodolski representa uma das grandes referencias da perspectiva socialista dentro da educação. Essa análise crítica e histórica a cerca da pedagogia deixou sua obra, além de original, enriquecedora para pesquisas de âmbito pedagógico. A sua proposta de educação voltada para o futuro é um tanto quanto pertinente, o que representa uma critica aos modelos educacionais adotados hoje em dia, por nós. Enfim, o que Suchodolski vem nos propor é que; a realidade em que vivemos não é a única e, portanto, não deve ser tida como o único critério de se pensar educação.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
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</style> <![endif]--><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Suchodolski crê que, é somente através da participação na luta para criar um mundo humano que possa dar a cada homem condições de vida e desenvolvimento humanos, que a jovem geração se pode verdadeiramente formar. Tal é a única via que permitirá resolver os conflitos seculares que existem entre a pedagogia da essência e a pedagogia da existência e superar as tentativas falhadas de conciliação destas duas pedagogias. Com efeito, somente quando se aliar a atividade pedagógica a uma atividade social, que vise evitar que a existência social do homem esteja em contradição com a sua essência, se alcançará uma formação da juventude em que a vida e o ideal se unirão de modo criador e dinâmico.</span></span></div><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><div style="text-align: left;"><span style="font-size: small;">SUCHODOLSKI, B. <span style="font-style: italic;">A pedagogia e as grandes correntes filosóficas. </span>Lisboa, Horizonte, 1984.</span></div><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">Escrito por Izabela Moreira Alves.</span></span></div>fbianquinihttp://www.blogger.com/profile/06669812451549654145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5895644125506801052.post-64295862513993174842011-06-26T23:41:00.004-03:002011-06-27T00:27:34.395-03:00Sintetizando<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><a href="http://educehist.blogspot.com/2011/06/educacao-na-comunidade-primitiva_18.html"><span style="line-height: 115%;">COMUNIDADE PRIMITIVA</span></a></span><span style="font-size: small; line-height: 115%;"><br />
<br />
Na comunidade primitiva temos num primeiro momento a igualdade entre todos os membros, não existe relação alguma de superioridade, todos são indivíduos livres. A educação não era confinada a ninguém em especial, as crianças aprendiam sem a direção de ninguém. Num segundo momento temos o aparecimento do escravo que dividiu a sociedade em administradores e escutadores, tudo em função ao desenvolvimento da técnica e o crescente aumento de produção. A função de administrador se tornou hereditária e a propriedade se tornou privada, e com a existência de um escravo as pessoas além de terem se tornado dona das coisas se transformaram em dona de pessoas. A educação de administração marginalizou quem nada tinha. Uma educação sistemática, organizada e violenta, surge no momento em que a educação perde o seu primitivo caráter homogêneo e integral.</span><span style="font-size: small;"><a href="http://educehist.blogspot.com/2011/06/educacao-do-homem-antigo.html"><span style="line-height: 115%;"><br />
<br />
HOMEM ANTIGO</span></a></span><span style="font-size: small; line-height: 115%;"><br />
<br />
A transformação da sociedade dividida em classes o ideal pedagógico deixa de ser para todos. Na Grécia só restaram algumas lembranças do comunismo primitivo, a produção tomou rumo comercial na dimensão de seu desenvolvimento sob o controle das classes dominantes. Em Esparta todos que integravam a sociedade eram educados para a guerra, o espartano nobre não detinha outro conhecimento a não ser o das armas, já em Atenas, mesmo que colocassem a guerra como ocupação fundamental, a educação se dava de forma muito mais amena, lá a preocupação consistia em formar homens que seriam futuros governantes, devendo amor à pátria, às instituições e aos deuses. Foi o aparecimento das novas classes sociais que transformou de tal modo as velhas relações que a sua influencia se fez sentir ate na disciplina mantida nas escolas. Em todos os lugares se clamava por uma escola mais humana, mais alegre, menos rígida.<br />
<br />
A antiga aristocracia romana e rural se firmou na indústria e o comércio. Unidos em confrarias e corporações, os comerciantes e os artesãos, que haviam aprendido a defender-se desse modo, começaram a ter influencias política e a gozar de consideração social. Achando insuficiente a educação ministrada ate então aos nobres, começaram a exigir uma nova educação. O ensino passou a ser uma verdadeira indústria, de que dependia a prosperidade dessas cidades.</span><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><a href="http://educehist.blogspot.com/2011/06/educacao.html"><span style="line-height: 115%;"><br />
<br />
HOMEM FEUDAL</span></a></span><span style="font-size: small; line-height: 115%;"><br />
<br />
As transformações que a sociedade sofreu durante o feudalismo impuseram no domínio religioso, em relação à Antiguidade, algumas diferenças de importância. A Igreja na figura do clero encontrou nos romanos a possibilidade de difundir-se. O monastério era a maior representação do trabalho organizado e “racionalizado”, ele foi também a primeira espécie de escola medieval, estas que eram divididas em duas categorias: umas destinadas à instrução dos futuros monges, chamadas “escolas para oblatas”, em que se ministrava a instrução religiosa necessária para a época, e outras destinadas à “instrução” da plebe, que eram as verdadeiras “escolas monásticas”. Não se ensinavam a ler e nem a escrever. A finalidade dessas escolas não era instruir a plebe, mas familiarizar as massas campesinas com as doutrinas cristãs e, ao mesmo tempo, mantê-las dóceis e conformadas. Durante toda a Idade Média, todos os que tinham interesses culturais e que não eram filhos de servos só poderiam satisfazer a sua curiosidade intelectual entrando para um convento. Preocupados unicamente em aumentar as suas riquezas pela violência e pelo saque, os senhores feudais desprezavam a instrução e a cultura.</span><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><a href="http://educehist.blogspot.com/2011/06/o-renascimento.html"><span style="line-height: 115%;"><br />
<br />
RENASCIMENTO</span></a></span><span style="font-size: small; line-height: 115%;"><br />
<br />
Por ser um período de transição pode parecer impossível classificar suas características, portanto classificar suas modificações nos parece muito mais fácil. O Renascimento traz como principais características o florescimento das artes, e um vigoroso despertar de várias as formas de pensamento. A redescoberta da antiga filosofia, da literatura, das ciências e a evolução dos métodos empíricos de conhecimento caracteriza todo este período. Em oposição ao espírito escolástico e ao conceito metafísico da vida, busca-se uma nova maneira de olhar e estudar o mundo natural.<br />
</span><br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;">Esse naturalismo vincula-se à ciência empírica e utiliza suas descobertas para aplicá-las nas obras de arte. Os novos conhecimentos da anatomia, da fisiologia e da geometria são prontamente incorporados, possibilitando, por exemplo, a representação do volume pelo uso da perspectiva, dos efeitos de luzes e cores. Do ponto de vista filosófico, surge então uma nova concepção do mundo e do destino do homem, uma visão mais realista e humana dos problemas morais.<br />
<br />
O movimento de transição dos períodos é uma ruptura da hegemonia enraizada pelo Clero e a Ordem Feudal, realizada por Lutero e Calvino através da Reforma. O renascimento Comercial e Urbano deu o surgimento da Universidade, formando-se ali um único centro de discussão, produção e irradiação de conhecimentos, também possibilitando a discutição do ato de ensinar.<br />
</span><br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;">Com a Reforma Religiosa iniciada por Martinho Lutero a educação popular tomou dimensão inusitada, a Igreja Protestante diferente da Católica estimulavam a leitura, pois se pregava que se chega a Deus pelo conhecimento, elas necessitavam que os fiéis fossem alfabetizados para estabelecer essa aproximação.<br />
</span><br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;">Ao outro extremo temos a criação da Companhia de Jesus e o seu “ratio studiorum” – ensinamento jesuísta – que recomendava o professor nunca se afastar Aristóteles e São Tomás de Aquino.<br />
</span><br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;">Montaigne aparece buscando uma pedagogia Laica, Rosseau defende que todos os homens nasceram livres, e a liberdade faz parte da natureza do homem inspirando uma nova visão da escola e da didática o que Impulsionará assim a ideologia iluminista.<br />
</span><br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;">Pestalozzi aparece logo em seguida para discutir a problemática da Educação e Hebart vem instaurar uma pedagogia científica, como concepção do positivismo.<br />
</span><br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;">Para Suchodolski a pedagogia de essência é mais antiga, pois ela toma uma matriz idealista do homem de como se portar, pois ela ocupa-se dos antigos dogmas religiosos prevalecendo em seu sentido humanista.<br />
</span><br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;">Já a pedagogia da existência possuí uma visão empírica do homem, analisando o que ele realmente é pelo caráter da individualidade e a quebra da religiosidade o que eleva a pedagogia da burguesia.</span><span style="font-size: small;"><a href="http://educehist.blogspot.com/2011/06/normal-0-21-false-false-false-pt-br-x.html"><span style="line-height: 115%;"><br />
<br />
HOMEM BURGUÊS</span></a></span><span style="font-size: small; line-height: 115%;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;">A sociedade burguesa da época enfrentava duas atitudes de muita contradição: de um lado, a necessidade de instruir as massas, para elevá-las até o nível das técnicas da nova produção e, do outro, o temor de que essa mesma instrução as tornasse cada dia menos assustadiças e menos humildes. Ela então solucionou o problema entre os seus temores e os seus interesses dosando com parcimônia o ensino primário e empregando-o de um cerrado espírito de classe, como para não comprometer, com o pretexto das “luzes”, a exploração do operário, que constitui a própria base da sua existência.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: large; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">E HOJE?</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/yFkt0O7lceA?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">PONCE, A. </span><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: italic;">Educação e luta de classe.</span><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> São Paulo: Cortez Editora e Autores Associados, 1981.</span></span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Escrito por Flávia Lemos Bianquini.</span></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"> </span> </span></div>fbianquinihttp://www.blogger.com/profile/06669812451549654145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5895644125506801052.post-28599209332900832372011-06-26T22:51:00.006-03:002011-06-27T00:28:41.287-03:00A Nova Educação<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">A <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia">burguesia</a> havia se tornado inimiga da Igreja, por pretender realizar os seus negócios sem a interferência desse “sócio” de má fé, que sempre estava disposto a apropriar-se dos melhores bocados, mas era aliada, na medida em que via na nela um poderoso instrumento para inculcar nas <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Proletariado">massasoperárias</a> a sagrada virtude de se deixar tosquiar sem protestos.<br />
<br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiK45LsJhppBFxE5G0toePZ9iwKbHykGMYn7I5ijIHrZXkiZA7gQeM9M7wk7lPg0-mM7Vlzf9gg6v4cebXi2f4cC0tm6UgnlpB4sdWj9OeXGMDDNVHV_VX5cKd3SSus6Zishc9R6U7vASgn/s1600/Escola.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="143" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiK45LsJhppBFxE5G0toePZ9iwKbHykGMYn7I5ijIHrZXkiZA7gQeM9M7wk7lPg0-mM7Vlzf9gg6v4cebXi2f4cC0tm6UgnlpB4sdWj9OeXGMDDNVHV_VX5cKd3SSus6Zishc9R6U7vASgn/s200/Escola.jpg" width="200" /></a></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">A escola <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Laicismo">laica</a> que resultou desse conflito estava, portanto, muito longe de ser revolucionária: ela pretendia tão-somente regulamentar o ensino religioso ministrado nas escolas, de modo a evitar conflitos no seio de uma instituição que era freqüentada por burgueses pertencentes a vários credos.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><blockquote style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">“Quando observamos, estrita neutralidade – acrescenta – e é necessário que não se lhe oponha o menor impedimento, ninguém tem o direito de queixar-se. Os escolares têm as suas horas leigas e as suas horas religiosas. Não se introduziu na sua existência qualquer perturbação”. </span><span style="font-size: small;"><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Ernest_Lavisse"><span style="line-height: 115%;">ERNEST LAVISSE</span></a></span></blockquote><blockquote style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">“porque não atendia às necessidades de toda a população segundo idade, situação escolar e tendências”. </span><span style="font-size: small;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Saavedra_Lamas"><span style="line-height: 115%;">CARLOS SAAVEDRA LAMAS</span></a> </span><span style="font-size: small; line-height: 115%;">declarando que o nosso sistema atual de educação era inepto.</span></blockquote><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Formar uma <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aristocracia_oper%C3%A1ria">aristocracia operária</a>, arrivista e dedicada é uma das intenções mais claras do ensino popular dentro da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia">burguesia</a>. </span><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Ao invés de confessar que as crianças que abandonaram a escola primária são as mesmas crianças que a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia">burguesia</a> obriga desde cedo a trabalhar para ajudar a manutenção de um lar que essa mesma <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia">burguesia</a> destruiu previamente, prefere-se jogar a culpa sobre os “desgranados escolares”, para usar a expressão com que se começa a designá-los, sobre a insuficiência dos programas, sobre a dificuldade do ensino, sobre a rigidez dos horários.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">A burguesia não se teria apressado a culpar os programas e os métodos escolares por esse fato, se ela própria já não tivesse, há tempo, reconhecido a necessidade de reformá-los. Essa necessidade se tornou mais visível nos últimos anos e engendrou entre os técnicos em pedagogia uma proveitosa frutificação de “sistemas” e de “planos”. É, dentro da nova educação, a corrente que poderíamos chamar “<i>metodológica</i>”.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">A Corrente Metodológica pouco se preocupava com teorias, mas era muito interessada em realidades, a corrente metodológica, através das suas diversas expressões – <i>Plano Dalton, Plano Howard, Técnica Winetka, sistema Montessori, Sistema Decroly – </i>constitui, no fundo, a racionalização do ensino.</span><span style="font-size: small; line-height: 115%;"> </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Mas, ao lado dessa corrente silenciosa e calma, surgiu outra corrente turbulenta, que sem desconhecer a urgência de uma reforma didática, afirma que o núcleo do problema não está nisso e sim no aspecto cultural.</span><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Eis então, a corrente doutrinária, que buscava </span><span style="font-size: small; line-height: 115%;">educar, para ela, não seria reformar este método ou corrigir aquele horário, mas, sim “mergulhar uma alma no seio da cultura”. </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Olhando para o futuro, ela pretende superar o presente e substituir as formas atuais por outras formas que permitam a livre atuação da personalidade humana.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><blockquote style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">"</span><span style="font-size: small; line-height: 115%;">essa corrente acredita que é urgente transformar a escola e modificar por seu intermédio à sociedade." </span><span style="font-size: small; line-height: 115%;">WYNEKEN</span></blockquote><blockquote style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">“Bases Para Fundar a Rapidez do Ensino, com Economia de Tempo e de Fadiga” </span><span style="font-size: small;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Comenius"><span style="line-height: 115%;">COMÊNIO</span></a> </span><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Capítulo XIX, <i>Didática Magna</i> (1657)</span></blockquote><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Em 1900 surge a “nova didática”, com iniciadores familiarizados com a alma infantil por meio da Antropologia, Psiquiatria e trabalhos laboratoriais: <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Alfred_Binet">Binet</a>, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Ovide_Decroly">Declory</a>, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_Montessori">Montessori</a>, Dewey, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89douard_Clapar%C3%A8de">Claparède</a>. Em substituição ao malbarato de tempo e de esforço que as velhas técnicas traziam consigo – soletração, memorização, fragmentação do ensino – a nova técnica se propunha aumentar o rendimento do trabalho escolar cercando-se à personalidade biológica e psicológica da criança. Surge daí a parte da nova educação que ataca a rigidez dos velhos programas, a tortura dos horários inflexíveis, dos exames desnecessários.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Para Ponce a burguesia se mostrou como </span><span style="font-size: small; line-height: 115%;">monopolista, religiosa e fascista, a burguesia contemporânea não só renunciou ao ensino leigo por que havia batalhado tantos anos, como impôs à escola um tão ostensivo caráter de instrumento a serviço do Estado, que a criança italiana e a alemã não são mais do que futuros soldados do fascismo.</span><span style="font-size: small; line-height: 115%;"> </span><br />
<br />
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">O pensamento da burguesia contemporânea a respeito da “nova educação”: não lançar às massas as flores da cultura, e reservar apenas para o homem das classes superiores</span></span> </span><br />
<br />
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><i><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: large;">“o completo desenvolvimento do espírito”.</span></i><span style="color: red;"></span></span><span style="font-size: small; line-height: 115%;"></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Sabemos o que significam as mãos da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia">burguesia</a> “liberdade da criança”, “formação do homem”, “direitos do espírito”. A imagem do novo homem que a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia">burguesia</a> nos prometia é a velha imagem já bem nossa conhecida: a de uma classe opressora que monopoliza a riqueza e a cultura diante de uma classe oprimida, para a qual só é permitida a superstição religiosa e um saber bem dosado. </span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">A escola da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia">burguesia</a> não pronuncia jamais uma só palavra que não sirva aos seus interesses, a escola do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Proletariado">proletariado</a> também quer defender os seus interesses; mas há uma grande diferença nessas duas posições: enquanto aquela apenas encarnava os interesses de uma exígua minoria, esta defende as aspirações das grandes <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Proletariado">massas trabalhadoras</a></span>.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Os filhos dos <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Proletariado">proletários</a> e dos camponeses russos vão à escola para se unir à vanguarda consciente do proletariado e para acelerar desse modo à construção do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Socialismo">socialismo</a>.</span></span> </span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">A “nova educação” significa, pois, um ideal bem preciso para o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Proletariado">proletariado</a>. Este, portanto, apressou-se em construir um novo tipo de criança: a criança que serve aos interesses da única classe social que, ao invés de perpetuar-se como tal, aspira a destruir as classes sociais, para libertar a sociedade</span>.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"></span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"></span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="color: red;"></span></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"> </span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Entre o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Fascismo">fascismo</a> da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia">burguesia </a>e o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Socialismo">socialismo </a>do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Proletariado">proletariado</a>, a “nova educação” aspirava criar uma educação que nada tivesse ver com essas tendências políticas</span>. </span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Entre a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia">burguesia</a> que caminha para a morte e o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Proletariado">proletariado</a> que sabe com igual certeza que os destinos da humanidade estão em suas mãos, existe outra classe social, que nunca sabe com certeza o que deseja. Atraída, ao mesmo tempo, pela <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia">burguesia</a> e pelo <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Proletariado">proletariado</a>, a pequena <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia">burguesia</a> constitui uma classe indefinida, indecisa e vacilante. Esmagada pela grande <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia">burguesia</a>, a pequena não desaparece de acordo com uma linha gradualmente descendente. A força que a oprimi é a produção em grande escala, que desaloja periodicamente os pequenos capitais: maus tempos que fazem, então, do pequeno – burguês, um <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Proletariado">proletário</a>. A força que a eleva é a desvalorização periódica do grande capital, motivada pelo envelhecimento das máquinas e das técnicas</span>.</span> </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"> </span></span></div></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">PONCE, A. </span><span style="font-size: small; font-style: italic;">Educação e luta de classe.</span><span style="font-size: small;"> São Paulo: Cortez Editora e Autores Associados, 1981. (Capítulo VII e VIII)</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: right;"><span style="font-size: small;">Escrito por Izabela Moreira Alves.<br />
</span><br />
<div style="text-align: left;"><span style="font-size: small;">Ficou curioso querendo saber mais de onde saiu a ideia socialista de PONCE?</span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: small;">Recomendamos a leitura de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Manifesto_Comunista">O Manifesto do Partido Comunista</a>, escrito por <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Marx">Karl Marx</a>.</span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: small;">Segue link para o download - <a href="http://www.4shared.com/document/AZhp8HHE/Max_Karl_e_Engels_-_Manifesto_.htm%20">http://www.4shared.com/document/AZhp8HHE/Max_Karl_e_Engels_-_Manifesto_.htm </a></span></div></div><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span> <br />
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span>fbianquinihttp://www.blogger.com/profile/06669812451549654145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5895644125506801052.post-66482839907636881172011-06-26T22:02:00.005-03:002011-06-27T00:10:24.239-03:00Teorias Burguesas e Caminhos Pedagógicos-Filosóficos<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">A pedagogia da existência constitui a corrente de maior importância da pedagogia <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia">burguesa</a>. Suas ideias evolucionistas antigas revelaram a Humanidade um patrimônio secular do qual devia extrair um conjunto de valores educativos. Essa herança realizada por <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Marie_Jean_Antoine_Nicolas_Caritat">Condorcet</a>, qual tinha a intenção de mostrar o progresso da razão e das ciências.<br />
</span></span></div><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> </span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixO2Rxhz9A_Ev1-otK5O0kkVCYwNMcGkYeiapgi19sluChTLRVUZ5sCtPlTuBoIf_czYW85fabBnDcoJa1xl9n0vWcrlnefKSon1GGWRyeaQp6HHQpDo4RoiCwVZrwQyRTlBDPMt7vP0WS/s1600/Evolu%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="112" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixO2Rxhz9A_Ev1-otK5O0kkVCYwNMcGkYeiapgi19sluChTLRVUZ5sCtPlTuBoIf_czYW85fabBnDcoJa1xl9n0vWcrlnefKSon1GGWRyeaQp6HHQpDo4RoiCwVZrwQyRTlBDPMt7vP0WS/s400/Evolu%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" width="400" /></a></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">O <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o">evolucionismo</a> devia opor-se por principio à pedagogia da essência e declarar-se a favor de uma pedagogia que iria revelar o sentido e as necessidades do presente.<br />
</span></span></div><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> </span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Herbert_Spencer">Spancer</a> acreditava que a educação não ensinou o homem a viver na vida real. Na sociedade <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia">burguesa</a> a educação e a instrução devem desempenhar uma função diferente, de acordo, com as leis gerais da vida social. O valor da instrução e da educação deve ser considerado através do prisma das necessidades biológicas e sociais do indivíduo na luta pela vida.<br />
</span></span></div><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> </span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">A partir de sua pedagogia outros pedagogos e alguns psicólogos passaram a tomar a criança como ponto de partida de investigações e de experiências, contribuindo quer com fórmulas gerais sob os novos princípios da pedagogia da existência, quer enriquecendo os nossos conhecimentos sobre a criança e a educação.<br />
</span></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Diversos psicólogos elaboraram os princípios de uma nova pedagogia, que não apresentava, nem impunha um ideal e normas, mas que devia ser uma pedagogia funcional, uma pedagogia que cumpriria unicamente em despertar o interesse e a curiosidade da criança.<br />
</span></span></div><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> </span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">A concepção da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o">evolução</a> tornou-se na pedagogia a base para tratar o desenvolvimento da criança e da atividade educativa como criação especial.<br />
</span></span></div><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> </span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">A pedagogia baseada na teoria de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Henri_Bergson">Bergson</a> da evolução atua como noção de vida que se identifique a um impulso vital, de uma concepção de desenvolvimento concebido como uma criação interior proveniente das camadas profundas da vida.<br />
</span></span></div><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> </span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Certas correntes da pedagogia da essência adotaram algumas teorias da pedagogia da existência, pode-se então, falar da de um processo de existencialização da tradicional pedagogia da essência.<br />
</span></span></div><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> </span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">No âmbito da pedagogia religiosa, que habitualmente aderia à pedagogia da essência, surgem concepções que avançam relativamente longe na via de uma visão do homem como é e não apenas tal como deve ser.<br />
</span></span></div><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> </span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">A tentativa mais consequente de existencialização da pedagogia religiosa verifica-se nos círculos protestantes alemães.<br />
</span></span></div><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> </span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">O que já não fazia parte da composição da etapa da evolução estava desatualizado e não merecia ser introduzido no sistema educativo.<br />
</span></span></div><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> </span></span><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-size: small;">Porém, a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o">teoria da evolução</a> ainda assim, poderia ser útil para compreender a vida psíquica da criança e não para definir a sua situação do ponto de vista do desenvolvimento social.<br />
</span><br />
<span style="font-size: small;">SUCHODOLSKI, B. </span><span style="font-size: small; font-style: italic;">A pedagogia e as grandes correntes filosóficas. </span><span style="font-size: small;">Lisboa, Horizonte, 1984.</span><span style="font-size: small;"> (Capítulo VIII)</span><br />
<div style="text-align: right;"><span style="font-size: small;">Escrito por Flávia Lemos Bianquini.</span></div></div>fbianquinihttp://www.blogger.com/profile/06669812451549654145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5895644125506801052.post-35408217463589508922011-06-26T20:02:00.004-03:002011-06-26T22:05:06.137-03:00Grandes Pensadores<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Para Basedow (1723 – 1790) a educação consistia em formar “cidadãos do mundo, e em prepará-los para uma existência útil e feliz”. Ele distinguia dois tipos de escolas, uma para os pobres e outra para os filhos dos cidadãos mais eminentes.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"> <a href="http://translate.google.com.br/translate?js=n&prev=_t&hl=pt-BR&ie=UTF-8&layout=2&eotf=1&sl=en&tl=pt&u=http%3A%2F%2Fen.wikipedia.org%2Fwiki%2FGaetano_Filangieri">Filangeri (1752 – 1788)</a> diz que todos os indivíduos da sociedade participem dela, mas cada um de acordo com as circunstâncias e com seu destino.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Honor%C3%A9_Gabriel_Riqueti_de_Mirabeau">Mirabeau (1749 – 1791)</a> dizia que todos legisladores serviriam da educação pública como um meio para manter e difundir as instituições, consistindo em dar ao homem o emprego de todas as suas faculdades.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Marie_Jean_Antoine_Nicolas_Caritat">Condorcet (1743 – 1794)</a> deixa a formação das crenças religiosas, filosóficas e morais a cargo dos padres. Cabe a escola apenas não deixar passar qualquer talento despercebido e oferecer todos os recursos possíveis, pois assim as descobertas aumentariam o poder do homem.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Herbert_Spencer">Herbert (1820 – 1903)</a> cria a Pedagogia Geral, insistindo a respeito de que a religião nunca poderá ocupar no fundo do coração o lugar tranquilo que lhe corresponde, se a sua ideia fundamental não foi inculcada desde a primeira infância.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Domingo_Faustino_Sarmiento">Sarmiento (1811 - 1888)</a> afirma que o trabalhador assalariado não pode satisfazer seu patrão se não dispuser ao menos uma educação elementar.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Karl_August_von_Heigel">Heigel (1835 - 1905)</a> tinha a concepção de que o processo não ultrapassava as analogias biológicas conhecidas pela literatura antiga e repetidas voluntariamente. Também relacionou a objetividade e universalidade do ideal e das normas educativas como o desenvolvimento histórico e do espírito objetivo.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Friedrich_Fr%C3%B6bel">Froebel (1782 - 1852)</a> considerava primordial o jogo que permite a expressão, o conhecimento do meio, a criação e a alegria; que permite o curso dialético do que é interior e do que é exterior.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Immanuel_Kant">Kant (1724 - 1804)</a> propunha-se vencer quer o cepticismo moral, quer a ética religiosa dogmática, recorrendo para isso à lei moral fundamental. Ele tentou mostrar na sua pedagogia as consequências da sua filosofia, pondo em evidência a atividade da criança no domínio intelectual e moral, se opondo a qualquer subjetivismo.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Johann_Gottlieb_Fichte">Fichte (1762 - 1814)</a> ocupou-se diretamente dos problemas da atividade e do ideal. Ele convenceu-se de que o ato não pode ser a realização do ideal, pois nessa eventualidade não seria livre, portanto ele não interpretou a declaração partidária da pedagogia da existência.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><br />
<span style="font-size: small;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Denis_Diderot">Diderot (1713-1784)</a> acreditava que o saber ler, escrever e contar de toda a população.</span><br />
<span style="font-size: small;"> Porém, admitia ser mais difícil explorar um camponês que sabe ler do que um analfabeto.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"> </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">PONCE, A. </span><span style="font-size: small; font-style: italic;">Educação e luta de classe.</span><span style="font-size: small;"> São Paulo: Cortez Editora e Autores Associados, 1981.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">SUCHODOLSKI, B. </span><span style="font-size: small; font-style: italic;">A pedagogia e as grandes correntes filosóficas. </span><span style="font-size: small;">Lisboa, Horizonte, 1984.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: right;"><span style="font-size: small;">Pontuado e organizado por Flávia Lemos Bianquini. </span></div>fbianquinihttp://www.blogger.com/profile/06669812451549654145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5895644125506801052.post-14880804680568530462011-06-26T19:05:00.004-03:002011-06-27T00:08:33.410-03:00Educação do Homem Burguês<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/2GfMVOU29O0?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/bad0n38vHq0?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
<span style="font-size: small;">No desenvolver do século XVIII existem dois importantes fatos históricos que marcaram esse período. De um lado temos a ascensão dos ideais <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Iluminismo">iluministas</a>, que pregavam a liberdade econômica e o fim das amarras políticas estabelecidas pelo poder monárquico. Além disso, esse mesmo século assistiu uma nova etapa da economia mundial com a ascensão do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Capitalismo_industrial">capitalismo industrial</a>. <br />
<br />
Nesse contexto, a França conviveu com uma interessante contradição. Ao mesmo tempo em que abrigou importantes personagens do pensamento iluminista, contava com um estado <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Monarquia">monárquico</a> centralizado e ainda marcado por diversos costumes atrelados a diversas tradições <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Feudalismo">feudais</a>. A sociedade francesa estava dividida em classes socias distintas pela condição econômica e os privilégios usufruídos junto ao Estado. <br />
<br />
De um lado, tínhamos a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Nobreza">nobreza</a> e o alto <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Clero">clero</a> usufruindo da posse das terras e a isenção dos impostos. Além disso, devemos salientar a família real que desfrutava de privilégios e vivia à custa dos impostos recolhidos pelo governo. No meio urbano, havia uma classe <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia">burguesa </a>desprovida de qualquer auxilio governamental e submetida a uma pesada carga tributária que restringia o desenvolvimento de suas atividades comerciais.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;">A classe <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Proletariado">proletária</a> francesa também vivia uma situação penosa. No campo, os camponeses eram sujeitos ao poder econômico dos senhores feudais e viviam em condições mínimas. Muitos deles acabavam por ocupar os centros urbanos, que já se entupiam de um amplo grupo de desempregados e miseráveis excluídos por uma economia que não se alinhava às necessidades do nascente <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Capitalismo_industrial">capitalismo industrial</a>. <br />
<br />
Somados a todos estes fatores, a derrota francesa em alguns conflitos militares e as péssimas colheitas do final do século XVIII, contribuíram para que a crise econômica, e a desordem social se instalassem de vez na França. Desse modo, a década de 1780 veio carregada das contradições, anseios e problemas de uma nação que não dava mais crédito a suas autoridades. Temos assim, os preparativos da chamada Revolução Francesa.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;">Enfim, a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Francesa">Revolução Francesa</a> foi um importante marco na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_Moderna">História Moderna</a> da nossa civilização. Significou o fim do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Absolutismo">sistema absolutista</a> e dos privilégios da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Nobreza">nobreza</a>. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: small;">PONCE, A. </span><span style="font-size: small; font-style: italic;">Educação e luta de classe.</span><span style="font-size: small;"> São Paulo: Cortez Editora e Autores Associados, 1981. (Capítulo VI)</span><span style="font-size: small;"> </span><br />
<span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<div style="text-align: right;"><span style="font-size: small;">Escrito por Izabela Moreira Alves. </span></div></div>fbianquinihttp://www.blogger.com/profile/06669812451549654145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5895644125506801052.post-87835770119011244542011-06-26T18:42:00.006-03:002011-06-27T00:07:53.876-03:00Rousseau X Pestalozzi<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Jacques_Rousseau">ROUSSEAU (1712 - 1778)</a></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/HlhNRTxtZ2A?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe><span style="font-size: small;"></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><br />
<span style="font-size: small;">“[...] não se incomodou com a educação das massas e sim, apenas, com a educação de um indivíduo suficientemente abastado para permitir-se o luxo de contratar um preceptor.” (Ponce, p.136)</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><br />
</div><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> </span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;">“[...] Rosseau vê-a (pedagogia deixada por Comenius) de modo puramente empírico, não procura uma natureza com o sentido de essência verdadeira do homem.” (Suchodolski, p. 32)</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><br />
</div><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> </span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"> “[...] é bom tudo o que sai das mãos do criador da Natureza e tudo degenera nas mãos do homem. (Suchodolski, p. 32)</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><br />
</div><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> </span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;">“A educação não deve ter por objetivo a preparação da criança com vista ao futuro ou modelá-la de determinado modo; deve ser a própria vida da criança.” (Suchodolski, p.33)</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><br />
</div><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> </span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Johann_Heinrich_Pestalozzi">PESTALOZZI (1746 - 1827)</a></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><br />
</div><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> </span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/GhUqcT6ZSSo?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><span style="font-size: small;">“[...] Foi ‘educador da humanidade’. [...] Pestalozzi se interessou pelos camponeses; mas ainda que esse sentimento tenha sido autêntico e generoso, não é menos certo que ele passou a vida educando crianças ricas. [...] ele atuou como filantropo e como industrial.” (Ponce, p. 142)</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><br />
</div><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> </span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;">Em uma carta a um amigo afirma: “<i>será o eterno testemunho do que tentei salvar a aristocracia honrada, mas os meus esforços só foram recompensados com ingratidões...”.</i> (Ponce, p. 143)</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><br />
</div><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> </span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"> “[...] ele nuca pretendeu outra coisa a não ser educar os pobres para que esses aceitassem de bom grado a sua pobreza.” (Ponce, p.143)</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><br />
</div><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> </span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;">Tanto ele, tanto Froebel: “[...] procuraram meios para aumentar e desenvolver as forças espontâneas da criança, a sua atividade própria.” (Suchodolski, p. 33)</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;">PONCE, A. </span><span style="font-size: small; font-style: italic;">Educação e luta de classe.</span><span style="font-size: small;"> São Paulo: Cortez Editora e Autores Associados, 1981.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: small;">SUCHODOLSKI, B. </span><span style="font-size: small; font-style: italic;">A pedagogia e as grandes correntes filosóficas. </span><span style="font-size: small;">Lisboa, Horizonte, 1984.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: right;"><span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">Pontuado por Flávia Lemos Bianquini e organizado por Izabela Moreira Alves. </span> </div>fbianquinihttp://www.blogger.com/profile/06669812451549654145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5895644125506801052.post-72041814640433401812011-06-26T18:23:00.004-03:002011-06-26T19:26:17.666-03:00Novas Ideias<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Michel_de_Montaigne">MONTAIGNE</a></span></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Defensor autêntico da Igreja e representante dos nobres. Exigia para o “jovem de ascendência nobre”, um ensino diferente. Acreditava que deveria limitar o campo dos estudos às coisas de profunda utilidade. Defendia também, que em oposição a vida “santa” dos monges e à “cavalheiresca” dos barões, os humanistas deveriam defender outra espécie de vida, que fosse menos laica que a primeira e menos predadora do que a outra.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Martinho_Lutero">LUTERO</a> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Reformista e intérprete da burguesia moderada e da pequena nobreza. Pretendia acabar com o poderio do clero e instituir uma Igreja de poucas despesas. Instrução elementar passa a ser o seu primeiro dever de caridade e aconselha os pais a enviarem seus filhos à escola. Este compreendeu a estreita relação da difusão escolar com o progresso econômico, de tal forma a afirmar que a instrução constituía uma fonte de riqueza e de poder para a burguesia, mas que não pensava em estender tais benefícios às massas populares.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Comenius"><span style="line-height: 115%;">COMÊNIO</span></a></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Proclamou a necessidade de economizar tempo no terreno educativo. Defendeu a teoria de ensinar rapidamente e solidamente. Acreditava que deveria apresentar a juventude às próprias coisas, ao invés de suas sombras, ou seja, ensinar de forma real. “Só fazendo, escrevendo e pintando é que se aprende a fazer, escrever e pintar.”,dizia ele. Além de afirmar que o que faltava nas escolas era os conhecimentos reais.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Locke">LOCKE</a> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Dizia que era preciso aprender o que será útil e aconselhava o estudo da escrituração convencional como “absolutamente necessário”.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">PONCE, A. <span style="font-style: italic;">Educação e luta de classe.</span> São Paulo: Cortez Editora e Autores Associados, 1981. (Capítulo V)</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Michel_de_Montaigne"><span style="line-height: 115%;">MONTAIGNE</span></a><span style="line-height: 115%;"> </span></span><br />
<span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Criticou o caráter superficial e verbal da educação quer escolástica, quer humanista. Tratava-se, na verdade, de revelar a ligação do processo educativo com a vida real do homem. As ideias da pedagogia da existência se manifestavam na obra de Montaigne para revoltar-se contra a pedagogia da essência. Esta revolta condenava não somente os princípios de adestramento postos em dúvida pela maioria dos humanistas, mas também as afirmações fundamentais da pedagogia da essência,isto é, a submissão do homem aos valores e aos dogmas tradicionais e eternos.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"> </span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_de_Jesus"><span style="line-height: 115%;">JESUÍSTAS</span></a><span style="line-height: 115%;"> </span></span><br />
<span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Realçavam com vigor o sentido religioso e dogmático da essência pedagógica, em contraposição aos que faziam concessões a uma relativa adaptação do trabalho, do ensino e da educação. Os jesuítas desenvolveram a sua ação recorrendo a diversos meios; um deles era a escola, que devia formar os jovens de modo a tornarem-se fiéis e obedientes aos filhos da Igreja.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Comenius"><span style="line-height: 115%;">COMÊNIO</span></a></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Criador de um sistema pedagógico dependente da Natureza. Aconselhava, que o mestre seguisse o exemplo do jardineiro, tratando das plantas conforme suas necessidades e possibilidades.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Jacques_Rousseau"><span style="line-height: 115%;">ROUSSEAU</span></a></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Vê a noção de natureza da criança de modo empírico. A educação não devia ter por objetivo a preparação da criança com vista ao futuro ou moldá-la de determinado modo; devia ser a própria vida da criança. A realidade que interessa Rosseau e o absorve é a vida concreta, cotidiana e verdadeira do homem. A pedagogia rosseuniana foi a primeira tentativa radical de oposição fundamental à pedagogia da essência e de criação de perspectivas para uma pedagogia da existência.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Johann_Heinrich_Pestalozzi"><span style="line-height: 115%;">PESTALOZZI</span></a></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Dedicou toda a sua vida às crianças pobres; preocupava-se, fundamentalmente, em desenvolver essas crianças de acordo com os seus dons,possibilidades e experiências do mundo e da sociedade.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Friedrich_Fr%C3%B6bel"><span style="line-height: 115%;">FROEBEL</span></a></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Procurou mostrar a unidade geral, os fenômenos através dos quais a criança no seu desenvolvimento espontâneo se transforma num homem tornando interior o que era exterior e vice-versa. Este criou a primeira obra do jogo, através da expressão, do conhecimento do meio, da criação e da alegria.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"><br />
</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">SUCHODOLSKI, B. <span style="font-style: italic;">A pedagogia e as grandes correntes filosóficas. </span>Lisboa, Horizonte, 1984. (Capítulo IV, V, VI)</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: right;"><span style="font-size: small;">Pontuado por Izabela Moreira Alves e organizado por Flávia Lemos Bianquini.</span></div>fbianquinihttp://www.blogger.com/profile/06669812451549654145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5895644125506801052.post-17540032936299352402011-06-26T16:35:00.009-03:002011-06-27T00:29:54.716-03:00O Renascimento<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjgzJ44-Tt7shrS7HR0fPcTexsRQEMe45ujlTS4fKmD4PTZyWG9PnmU_DErUVY84o0CKXjl7OojfYcS1DoB_Plr6Bc5WA1iCdPXzITwdjZuo_7P16eziCsFXjfySSbUjRee6y40DxOPtKz/s1600/Venus.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="201" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjgzJ44-Tt7shrS7HR0fPcTexsRQEMe45ujlTS4fKmD4PTZyWG9PnmU_DErUVY84o0CKXjl7OojfYcS1DoB_Plr6Bc5WA1iCdPXzITwdjZuo_7P16eziCsFXjfySSbUjRee6y40DxOPtKz/s320/Venus.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Nascimento_de_V%C3%AAnus">O Nascimento de Vênus</a> - <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sandro_Botticelli">Sandro Botticelli</a> (1483)</span></td></tr>
</tbody></table><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">O <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento">movimento renascentista</a> originou uma nova sociedade e, portanto novas relações sociais em seu cotidiano. A vida urbana passou a ter novos comportamentos, pois o trabalho, a diversão, o tipo de moradia, acarretavam, por si só, em uma nova atitude dos homens. Isso significa que o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento">renascimento</a> não foi um movimento de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento#As_artes_no_Renascimento">alguns artistas</a>, mas uma nova concepção de vida adotada por uma parcela da sociedade, e que será exaltada e difundida nas <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pintura_do_Renascimento">obras de arte</a>. O renascimento recuperou os valores da cultura clássica, se utilizando dos mesmos conceitos, porém aplicados de uma nova maneira a uma nova realidade.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLLKXJyBDC_NjKsEh5-GtolCrqBR2q0dCiCjx-9SIk_CI_BNsBYzAjulXWpd0CbV0aiHzWK-7H23N9xprC5RUHnJJIrqOU-PE6fnhcCb6JuacH7L43gNgwoF-Q-S3II5UGkpx9wFtzTQ3_/s1600/Homem.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLLKXJyBDC_NjKsEh5-GtolCrqBR2q0dCiCjx-9SIk_CI_BNsBYzAjulXWpd0CbV0aiHzWK-7H23N9xprC5RUHnJJIrqOU-PE6fnhcCb6JuacH7L43gNgwoF-Q-S3II5UGkpx9wFtzTQ3_/s200/Homem.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Homem_Vitruviano_%28desenho_de_Leonardo_da_Vinci%29">Homem Vitruviano</a> - <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Leonardo_da_Vinci">Leonardo da Vinci</a> (1490)</span></td></tr>
</tbody></table><br />
<span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">O <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento">Renascimento</a> surgiu na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/It%C3%A1lia">Itália</a>, onde era o principal pólo comercial daquele momento. Ricos e poderosos membros da sociedade italiana despertaram-se primeiramente, para a necessidade de superar a mentalidade feudal. Surgem diversos <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Mecenas">mecenas</a><i>, </i>patrocinando artistas, intelectuais e cientistas, no aprimoramento de sua cultura. As cidades italianas acabam por atrair inúmeros <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Bizantino">sábios bizantinos</a>, que por terem preservado muito da cultura greco-latina, acabam por contribuir para o desenvolvimento renascentista. Partindo da Itália, o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento">Renascimento</a> difundiu-se por diversas nações européias, sendo grandemente favorecido pelo rápido fortalecimento comercial e urbano, que atingiu grande parte da Europa Ocidental, caracterizado pela retomada dos valores da cultura clássica. Esse momento é considerado como um importante período de transição envolvendo as estruturas <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Feudalismo">feudo</a> <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Capitalismo">capitalistas</a>.</span><span style="line-height: 115%;"> </span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">A educação <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento">renascentista</a> visava o homem <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia">burguês</a>, o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Clero">clero</a> e a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Nobreza">nobreza</a>. Era <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Elitismo">elitista</a>, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aristocracia">aristocrata</a> e sustentava o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Liberalismo">individualismo liberal</a>, não chegando às massas populares. A revalorização da cultura greco-romana e alguns fatos históricos influenciaram o <a href="http://educehist.blogspot.com/2011/06/renascimento-e-seus-grandes-expoentes.html">pensamento pedagógico</a>, favorecendo a superação do próprio homem.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Durante o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento">Renascimento</a> surgem três grandes áreas de interesse: a vida real do passado, o mundo subjetivo das emoções e o mundo da natureza física. O centro de gravitação é deslocado, afastando-se das coisas divinas, e passa a se direcionar para o próprio homem. Opõe-se à <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Escol%C3%A1stica">escolástica</a>, propondo situar o ideal da nova vida nos propósitos e atividades específicas das disciplinas de humanidades. Como a literatura dos gregos e romanos era um meio para esta compreensão, o aprendizado da língua e da literatura torna-se o problema pedagógico mais importante. Muito embora ainda <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Elitismo">elitista</a> e <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aristocracia">aristocrático</a>, o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Humanismo">humanismo</a> antropocêntrico renascentista, permite entrever uma maior participação do aprendiz na aprendizagem.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">O ensino sofreu diversas modificações, a educação “cavalheiresca” dada ao <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Nobreza">nobre</a> desalojado do castelo, já não servia. O ler e escrever já não eram considerados pelos nobres como “coisas femininas”. O interesse pela vida dos negócios, pela investigação e razão, faz surgir o cuidado em assimilar ensinamentos e não mais recebê-los, somente. É essa nova concepção de conhecimento, como construções humanas, que irá contrapor as ideias pedagógicas de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Tom%C3%A1s_de_Aquino">S. Tomás de Aquino</a>, durante a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_M%C3%A9dia">Idade Média</a>.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">O individualismo <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia">burguês</a> então passa a exigir, no campo educacional, uma disciplina menos rude, uma maior consideração pela personalidade do educando e ambientes mais claros e alegres. Assim surge a Casa Giocosa, primeira escola inaugurada por um pedagogo do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento">renascimento</a>.</span><span style="line-height: 115%;"> </span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">O movimento <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento">renascentista</a>, dessa forma, utiliza como idiomas de ensino o grego, latim e o hebraico, pois eram os idiomas da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia">burguesia</a>. Os estudos superiores eram muito caros nessa época e, no entanto, o estudo inferior, popular, nem existia.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><blockquote style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">“E coisa bem digna é o fato de o caminho que conduz a filosofia estar fechado e proibido à pobreza.” <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre_de_la_Ram%C3%A9e">LA RAMÉE</a></span></span></blockquote><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Já a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_Protestante">reforma</a>, ao contrário, expondo suas reivindicações em idioma nacional e conservando-se fiel ao <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cristianismo">cristianismo</a>, não só conseguiu arrastar a média e pequena <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia">burguesia</a>, como também as massas camponesas e pré-proletárias. Ou seja, a verdadeira intenção do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Protestantismo">protestantismo</a> era educar a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">burguesia</a><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> abandonada e, ao mesmo tempo, não “abandonar” as classes desfavorecidas.</span></span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Os <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_de_Jesus">jesuítas</a> também não se preocuparam com a população e procuraram dar a melhor educação possível a nobreza desde que, fosse compatível com os interesses da Igreja e da sua Ordem. A educação jesuítica só usava os recursos pedagógicos como instrumentos de domínio e procuravam defender duas frentes: a primeira contra o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Protestantismo">protestantismo cismático</a>, e a outra contra os leigos incrédulos.</span></span><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"> </span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"> </span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/Ka8wEtCBM4E?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Em contraposição, o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Protestantismo">protestantismo</a> utilizou como primeiras medidas, abolir a infinidade de festividades com que o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Catolicismo">catolicismo</a> se comprazia, para assim, aumentar os dias úteis. Com essa atitude, o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Protestantismo">protestantismo</a> demonstra a concepção que irá defender; o trabalho, acúmulo de capital e o valor de tempo. Afinal, tempo agora é dinheiro.</span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 115%;"> </span></span><br />
<span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: small;">PONCE, A. </span><span style="font-size: small; font-style: italic;">Educação e luta de classe.</span><span style="font-size: small;"> São Paulo: Cortez Editora e Autores Associados, 1981. (Capítulo V)<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></span><br />
<div style="text-align: right;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 115%;">Escrito por Izabela Moreira Alves.</span></span></div></div></div>fbianquinihttp://www.blogger.com/profile/06669812451549654145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5895644125506801052.post-85914319569470295742011-06-19T20:53:00.007-03:002011-06-26T19:27:39.874-03:00Renascimento e Seus Grandes Expoêntes Filosóficos<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/oFmAdqAdw-A?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: small; line-height: 115%;">O brilho extraordinário do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento">Renascimento</a>, com o esplendor da sua arte e a pompa das suas festas, não modificou em nada a situação dos explorados. “Escrevo para os eruditos, não para a plebe”, dizia Poligiano. E era esse o pensamento de todo o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Humanismo">humanismo</a>. Em 1400, é <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Leonardo_Bruni">Leonardo Bruni</a> quem diz: “Sempre suspeitei das multidões”; em 1500, é <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Francesco_Guicciardini">Guicciardini</a> quem afirma: “ Quem diz povo, diz louco, porque o povo é um monstro cheio de confusões e erros”. Apesar do intenso movimento educativo que caracterizou o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento">Renascimento</a>, em nenhuma oportunidade surgiu a mais tímida tentativa de educação “popular”. </span><br />
<br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: small; line-height: 115%;">É verdade que pela boca de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Leon_Battista_Alberti">Leon Battista Alberti</a>, um representante da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia">burguesia</a>, o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Humanismo">Humanismo</a> afirmava que a “ciência deve ser libertada das suas prisões e espalhada a mãos-chias”, com a condição de que o indivíduo se eleve sobre a sua própria classe, para conseguir uma educação adequada às posições superiores. Todos os pedagogos do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento">Renascimento</a> eram filhos de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia">burgueses</a> ricos e viveram como preceptores de nobres e de filhos de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia">burgueses</a> ricos.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<div style="text-align: center;"><i><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%;">“A vida, a verdadeira vida é esta vida humana, feita de engenho e instinto”.</span></span></i></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Giovanni_Boccaccio">BOCCACIO,G.</a> <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Decamer%C3%A3o"><i>Decamerón.</i></a> </span></span> </div><span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: small; line-height: 115%;">Como uma reação ao <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Feudalismo">feudalismo</a> <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Teocracia">teocrático</a>, o burguês do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento">Renascimento</a> volveu os olhos para a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Antiguidade_cl%C3%A1ssica">Antiguidade</a>, para retomar a cadeia da unidade histórica no mesmo elo em que o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Feudalismo">feudalismo</a>, aparentemente, a rompera. <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_helen%C3%ADstico">Helenizar</a> era, então, um modo de se opor à Igreja e à nobreza. Volver aos antigos era um modo indireto de renegar a Igreja e a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Escol%C3%A1stica">escolástica</a>. Mas, volver os olhos para a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Roma_Antiga">Roma Antiga</a>, da paz e do direito, também significava repudiar o poder arbitrário do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Feudalismo">feudalismo</a>, em que o capricho do senhor tinha força de lei.</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: small; line-height: 115%;">A época do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento">Renascimento</a> herdou as tradições antigas e cristãs da pedagogia da essência e as completou com a sua concepção própria do modelo do homem baseado na confiança na razão e nas aquisições culturais da Antiguidade, foi também a época que viu nascer concepções de educação absolutamente opostas.</span><br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: small; line-height: 115%;"> </span> <br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: small; line-height: 115%;">O Renascimento se propôs formar homens de negócios que também fossem cidadãos cultos e diplomáticos hábeis. Uma língua universal, um tipo uniforme de cultura, a paz perpétua, eis as aspirações de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Erasmo_de_Roterd%C3%A3o">Erasmo</a> e do seu tempo</span><span style="font-size: small;">.</span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: small; line-height: 115%;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Erasmo_de_Roterd%C3%A3o">Erasmo de Roterdão</a> já dizia que a natureza humana é aquela propriedade comum a todos os homens cuja razão é a força que orienta a vida humana. Em conformidade com este caráter fundamental da natureza humana, a educação deve combater tudo o que se lhe opõe e desenvolver tudo o que lhe é próprio.</span><span style="font-size: small;"> </span><br />
<span style="font-size: small;"> </span></div><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: small; line-height: 115%;">O homem feudal sucumbira. Os burgueses compraram as suas terras; a pólvora derrubou seus castelos. Os navios apontavam agora as rotas de um continente remoto, que só poderia ser conquistado mediante a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria">indústria</a> e o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio">comércio</a>.</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: small; line-height: 115%;">Os filósofos italianos do Renascimento enriqueceram a concepção do homem com diversos elementos novos. Para nos convencermos da verdade desta afirmação basta lembrar de L. Valli e de <a href="http://translate.google.com.br/translate?js=n&prev=_t&hl=pt-BR&ie=UTF-8&layout=2&eotf=1&sl=fr&tl=pt&u=http%3A%2F%2Ffr.wikipedia.org%2Fwiki%2FJean_Pic_de_la_Mirandole">Pic de La Mirandole</a>.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: small; line-height: 115%;"> </span><br />
<br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: small; line-height: 115%;">A crítica da escola medieval e da pedagogia medieval inspirou-se não só na nova concepção do ideal, mas também nos direito e nas necessidades da criança, ponto de vista muito bem defendido por <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Vittorino_da_Feltre">Vittorino da Feltre</a>.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: small; line-height: 115%;"> </span><br />
<br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: small; line-height: 115%;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Juan_Luis_Vives">Jean-Louis Vivés</a> criou os alicerces de uma teoria psicológica do ensino, considerando que pode se conceber uma didática justa e eficaz, baseada nas experiências com êxito do mestre.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: small; line-height: 115%;"> </span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: small; line-height: 115%;">Em certas correntes ideológicas do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento">Renascimento</a>, tentou-se enveredar com audácia por uma concepção que outorga aos homens o direito de viverem de acordo com os eu pensamento. Para além de numerosas obras sobre vidas exemplares, de uma rica literatura moralizante, e para além de numerosos modelos, surgem livros sobre a vida humana, que descrevem não o que o homem deve ser, mas quilo que é na realidade. </span><br />
<br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: small; line-height: 115%;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Michel_de_Montaigne">Montaigne</a> criticou o caráter superficial e verbal da educação quer escolástica quer humanista, mas nesta crítica foi muito mais longe que os seus predecessores. Não se tratava de lutar por melhores métodos de educação, mas mostrar a profundidade ignorada do processo educativo e revelar a sua ligação com a vida real do homem.</span></div><br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: small; line-height: 115%;"><a href="http://educehist.blogspot.com/p/bogdan-suchodolski.html">Suchodolski</a> presume que:</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%;">O Renascimento foi uma época em que a pedagogia da essência, continuando a procurar inspiração nas tradições pedagógicas antigas e cristãs, criou novas concepções de protótipos e de normas que devem regular os homens e a educação. Mas este período de grandes transformações sociais foi uma época em que o ataque contra a ordem hierárquica eclesiástica e feudal, estabelecida na prática ideológica, se transforma em revolta contra toda a autoridade, revolta realizada em nome das leis correntes da vida. A variedade de formas desta rebelião – dos grandes movimentos camponeses à audácia dos reformadores religiosos – tornou-se fonte de novos conceitos do homem. Em ligação com estas correntes, e a acrescentar-se à discussão dos métodos utilizados pela pedagogia da essência, estabeleceu-se um debate sobre os seus próprios princípios. Iniciou-se uma grande controvérsia: qual deve ser o alcance da renovação da educação? Limitar-se ao conteúdo do ideal imposto e dos métodos para inculcar, ou incluir também a crítica do próprio princípio do ideal? </span></i></span><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small; line-height: 115%;">(</span><span style="font-size: small; font-style: italic;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">A pedagogia e as grandes correntes filosóficas, p. 23</span></span><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">)</span><span style="font-size: small; font-style: italic;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><i> <span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: large; line-height: 115%;">Em vez de um instrumento que serve para dar vida a algo de ideal, deverá permitir conceber a educação como função da vida?</span></i></span><span style="font-size: small;"> </span><br />
<br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;">PONCE, A. </span><span style="font-size: small; font-style: italic;">Educação e luta de classe.</span><span style="font-size: small;"> São Paulo: Cortez Editora e Autores Associados, 1981. (Capítulo V)</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;">SUCHODOLSKI, B. </span><span style="font-size: small; font-style: italic;">A pedagogia e as grandes correntes filosóficas. </span><span style="font-size: small;">Lisboa, Horizonte, 1984. (Capítulo III</span><span style="font-size: small;">)</span></div></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<div style="text-align: right;"><span style="font-size: small;">Escrito por Flávia Lemos Bianquini. </span></div></div>fbianquinihttp://www.blogger.com/profile/06669812451549654145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5895644125506801052.post-52256174309587679352011-06-19T16:16:00.008-03:002011-06-26T17:20:51.593-03:00Educação do Homem Feudal<object class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="http://0.gvt0.com/vi/V_Mv5_s8t5w/0.jpg" height="266" style="clear: left; float: left;" width="320"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/V_Mv5_s8t5w&fs=1&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><embed width="320" height="266" src="http://www.youtube.com/v/V_Mv5_s8t5w&fs=1&source=uds" type="application/x-shockwave-flash"></embed></object><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: small; line-height: 115%;"> <span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">As transformações que a sociedade sofreu durante o </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Feudalismo" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">feudalismo</a><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> impuseram no domínio religioso, em relação à Antiguidade, algumas diferenças de importância. A </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cristianismo" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">religião cristã</a><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> encontrou entre os romanos que nada possuíam uma atmosfera propícia para a sua difusão. O cristianismo foi transformado na religião do Império, ele já havia perdido totalmente a sua primitiva significação.</span></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: small; line-height: 115%;"> </span><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;"> </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">E em poucos séculos a Igreja passou a controlar toda a economia feudal. Sendo os monastérios poderosas instituições bancarias de credito rural.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><br />
<blockquote style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">“os templos foram o berço da civilização monetária, tanto que nas peças que servissem de moeda esteve gravado, durante muito tempo, o emblema sagrado”. E. CURTIOS</span><span style="font-size: small; line-height: 115%;"> </span></blockquote><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">O monastério era uma lição viva de trabalho organizado e “racionalizado”. O celibato foi imposto ao clero principalmente para evitar que as riquezas acumuladas passassem a herdeiros particulares, ao invés de continuarem concentradas na comunidade.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Dispondo desse poderio, nada tem de assombroso o fato de que os monastérios também tivessem sido as primeiras “escolas” medievais. Desaparecidas as escolas “pagãs”, a Igreja se apressou em tomar em suas mãos a instrução publica. Escolas monásticas eram de duas categorias: umas destinadas à instrução dos futuros monges, chamadas “escolas para oblatas”, em que se ministrava a instrução religiosa necessária para a época, e outras destinadas à “instrução” da plebe, que eram as verdadeiras “escolas monásticas”.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Não se ensinavam a ler e nem a escrever. A finalidade dessas escolas não era instruir a plebe, mas familiarizar as massas campesinas com as doutrinas cristãs e, ao mesmo tempo, mantê-las dóceis e conformadas. Herdeiras das escolas catequistas dos primeiros tempos do cristianismo, estas escolas não se incomodavam com a instrução, mas sim com a pregação.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Durante toda a Idade Média, todos os que tinham interesses culturais e que não eram filhos de servos só poderiam satisfazer a sua curiosidade intelectual entrando para um convento. Quando se diz que os monastérios foram às únicas universidades e as únicas editoras, devemos entender essa afirmação no sentido de “universidades aristocráticas” e de “edições para bibliófilos".</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">À medida que o Imperio se recontituia, os monastérios foram criando ao lado das escolas oblatas, isto é, para criancinhas destinadas à vida monástica, outras escolas chamadas “externas”, que se destinavam aos clérigos seculares e a alguns nobres que queriam estudar, mas que não pretendiam tornar hábito. <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Gram%C3%A1tica">Gramática</a>, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ret%C3%B3rica">retórica</a> e <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Dial%C3%A9tica">dialética</a> eram as colunas mestras do ensino dessas escolas. </span><span style="font-size: small; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: small; line-height: 115%;"> </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;"><span style="color: red;"> </span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Preocupados unicamente em aumentar as suas riquezas pela violência e pelo saque, os senhores feudais desprezavam a instrução e a cultura. </span><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Para eles a servidão representava uma real vantagem sobre a escravidão. Era necessário um grande capital para adquirir e manter os escravos necessários, ao passo que a servidão não requeria qualquer gasto; o servo custeava a sua própria vida, e todas as vicissitudes do trabalho corriam por sua conta. </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">O que o servo produzia por meio de um trabalho sem descanso ia passando, como tributo, de Mão em Mão, do vilão ao castelão, do castelão ao barão, deste ao visconde, do visconde ao conde, deste ao marques, do marques ao duque, e do duque ao rei. Cada grau implicava vassalagem em relação ao superior, e patronagem em relação ao inferior.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Por necessidades monetárias, o senhor feudal foi abrindo mão de muitos de seus privilégios e, quando em seus domínios começou a se formar uma nova classe social que exigia um lugar ao sol, o senhor não teve outro recurso a não ser vender essa liberdade.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">A introdução de mercadorias no castelo fez com que o que até ontem era uma fortaleza, começava agora a ser um mercado. Os seus habitantes chamados burgueses acabaram se fundindo em uma classe pré-disposta a uma vida pacífica e urbana, bem distinta da vida guerreira e rural, que era apanágio da nobreza.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Tal transformação na economia e nas relações entre as classes tinha necessariamente de repercutir na educação. O aparecimento dos burgueses citadinos obrigou a Igreja a deslocar o centro do seu ensino. Se até o século XI, poderiam bastar as escolas dos monastérios, agora já eram necessárias as escolas das catedrais. O ensino passou, assim, das mãos dos monges, para as do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Clero">clero</a> secular. Os centros das suas preocupações pedagógicas eram sem duvida a teologia.</span></div><blockquote style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">“Amar e venerar a Deus” </span><span style="font-size: small; line-height: 115%;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Alcu%C3%ADno_de_Iorque">ALCUÍNO</a></span></blockquote><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Mas, sob a influência da nova burguesia, que exigia a sua parte na instrução, a escola catedralícia foi, no século XI, o germe da universidade. A palavra universidade – universitas – era empregada na Idade Média para designar qualquer assembléia corporativa, fosse ela de sapateiros, ou de carpinteiros. No início, as universidades não passaram de reuniões livres de homens que se propuseram o cultivo das ciências. A expansão do comércio havia alargado de tal modo os horizontes da época que, ao mesmo tempo, no mundo cristão, afirmava ser a Terra plana, falava-se vagamente que, no Califado de Córdoba, a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia">Geografia</a> era ensinada com o auxílio de esferas e a burguesia que, mais do que qualquer outra classe social, percebia a importância vital desses problemas e compreendeu a necessidade de criar uma atmosfera intelectual mais adequada. </span><span style="font-size: small; line-height: 115%;">E a universidade lhe proporcionou esse ambiente. Como todas as corporações, a universidade também submetia os seus membros a uma sucessão de provas e de graus.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">O jovem que desejava estudar artes liberais deveria adquirir passo a passo, em um processo semelhante, os graus do bacharel, de licenciado e de doutor. Mas, a universidade ainda apresentava uma característica só sua, que a transformou na primeira organização francamente liberal da Idade Média. Não só eram os estudantes que determinavam quando deviam ter início as aulas, qual deveria ser a sua duração e etc, como também o próprio grupo governante só tinha poderes delegados. Os estudantes é quem fiscalizavam seus professores.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">A fundação das universidades permitiu que a burguesia participasse de muitas das vantagens da nobreza e do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Clero">clero</a>, que até então lhe tinham sido negadas. A burguesia, por intermédio das universidades, ia-se apoderando da justiça e da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burocracia">burocracia</a>.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">A Igreja e os reis trataram de ter as universidades sob influencia. E, ainda que muitos reis tenham tido a iniciativa de fundar universidades e conceder-lhes privilégios, a Igreja não se deixou superar, e a Faculdade de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Teologia">Teologia</a> foi colocada à testa das universidades.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Mas, ainda que nominalmente eclesiástica, a universidade era leiga no espírito. Os interesses intelectuais que a principio eram exclusivos da Igreja, passaram a ser filosóficos e lógicos. E é sob a aparente puerilidade das posições filosóficas, é que se escondia o profundo conflito do feudalismo com a burguesia.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Nos tempos em que afirmava orgulhosamente o seu poderio, a Igreja dizia pela boca de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_de_Hipona">Santo Agostinho</a>: “creio para compreender”. Mas, depois, quando já começava a se sentir ameaçada, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Abelardo">Abelardo</a> inverteu a frase dizendo: “compreendo para crer”.</span><span style="font-size: small; line-height: 115%;"> </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">A riqueza dos comerciantes e dos industriais estava criando agora nas universidades medievais um clima adequado para o aparecimento dos doutores, da mesma for que, muito tempo antes, no século V a.C em <a href="http://educehist.blogspot.com/2011/06/educacao-do-homem-antigo.html">Atenas, tinha feito surgir os sofistas e, mais tarde, já em Roma, os retores.</a> </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Enquanto a burguesia mais rica triunfava nas universidades, a pequena burguesia invadia as escolas primárias. Nos meados do século XIII, os magistrados das cidades começaram a exigir escolas primárias, que as cidades custeariam e administrariam. Tratava-se de uma iniciativa que se dirigia diretamente contra o controle mantido pela Igreja. </span><span style="font-size: small; line-height: 115%;">O simples fato do ensino ser pago já demonstra bem qual a espécie de alunos que frequentavam a universidade. Gozavam todos de boa situação financeira. </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">As escolas municipais continuavam a ser escolas para privilegiados pelos alunos pagarem aos professores por seus ensinamentos. A burguesia não tinha nada de revolucionária na época. Reformadora, no máximo, ela crescia e prosperava dentro do molde feudal.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">As “escolas municipais” do séc XIII, apesar de constituírem um enorme progresso em relação às monásticas, também nada tinham de “populares”, ainda que tivessem conseguido abrir uma grande brecha no ensino ministrado pela Igreja: a substituição do latim pelos idiomas nacionais, e uma tendência maior a ressaltar a importância da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aritm%C3%A9tica">Aritmética</a> e da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia">Geografia</a>. Estas duas ultimas matérias tinham para os <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Comerciante">comerciantes</a> um interesse tão grande que eles as ministravam de maneira intensiva em certas escolas especiais que poderíamos chamar de escolas de contabilidade.</span><span style="font-size: small; line-height: 115%;"> </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">A catedral gótica, a escolástica e a universidade não correspondem, pois, ao período em que a Igreja alcança triunfante o seu máximo esplendor, mas sim ao período da sua história em que ela começa a pactuar com as potências rivais.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Desde o século XI até o XV, a escolástica representou no front cultural um verdadeiro compromisso entre a mentalidade do feudalismo em decadência e a da burguesia em ascensão; um compromisso entre a fé, o realismo e o desprezo pelos sentidos, de um lado, e a razão, o nominalismo e a experiência, do outro. Ameaçada de perder o controle que exerceu sobre esse poderoso instrumento de domínio que é a cultura, a Igreja lançou à luta, as ordens de pregadores e os mendicantes; ferozes, os dominicanos; untuosos, os franciscanos. “Cães do Senhor”, os primeiros, a eles coube a triste glória de fundar a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Inquisi%C3%A7%C3%A3o">Inquisição</a>.</span><span style="font-size: small; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: small; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: small; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: small; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: small; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: small; line-height: 115%;"> </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">PONCE, A. </span><span style="font-size: small; font-style: italic;">Educação e luta de classe.</span><span style="font-size: small;"> São Paulo: Cortez Editora e Autores Associados, 1981. (Capítulo IV)</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">Escrito por Izabela Moreira Alves.</span></div>fbianquinihttp://www.blogger.com/profile/06669812451549654145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5895644125506801052.post-11549341761256210622011-06-19T16:10:00.011-03:002011-06-26T19:28:57.961-03:00Pedagogias e Filósofos<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Atenas">Atenas</a> vemos surgir a necessidade de uma “nova educação” para um “novo homem”. Atacando frontalmente a tradição dominante, os sofistas propuseram dar aos atenienses não só os conhecimentos que a vida prática requeria, como também secularizar a conduta, tornando-a independente da religião.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6_63PygccH-UyTk42zgOgviCCHZfsU5I1n_wmPZHUmn98PdtZlr3B4PFr7rA-sqI6jsdOKDZsV_-ok88unDYJbPlwEQ3xJGz9_dnKu7lNESqgWo7BWObJ5sC_4BCvSGMlRJdWIsllW7YJ/s1600/Plat%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6_63PygccH-UyTk42zgOgviCCHZfsU5I1n_wmPZHUmn98PdtZlr3B4PFr7rA-sqI6jsdOKDZsV_-ok88unDYJbPlwEQ3xJGz9_dnKu7lNESqgWo7BWObJ5sC_4BCvSGMlRJdWIsllW7YJ/s200/Plat%25C3%25A3o.jpg" width="142" /></a><span style="line-height: 115%;">Para a aristocracia de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Plat%C3%A3o">Platão</a>, a capacidade de pensar e de entrever as ideias eternas dependia de um sexto sentido que só uma exígua minoria possuía. Para o artesão Sócrates, a capacidade de pensar era comum a todos, e bastava simplesmente dialogar com destreza para ensinar os homens a tirarem conclusões: vigorosa afirmação do pensamento reflexivo frente ao dogma intangível das idades anteriores.</span><span style="line-height: 115%;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Uma educação para a prosperidade era a educação reclamada por todos. A “virtude” do proprietário guerreiro, que pretendia, acima de tudo, formar soldados, empalidecia diante do “bem-estar” do homem enriquecido e próspero, que aspirava formar indivíduos conscientes do seu próprio valor e capazes de abrir novos caminhos a qualquer custo.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_HFii7gNi-ffvXxlHrRDtR4FQao08vjy9a0Ime3XL06Gxp-GDbMaIrIwkGnk_iE3oyDxVho7rQgnm6kbFr6A-Yod3CvUpjBzrTFKF7XJ0uNG-ET93wvW1IEcOu_i5zWdiIbsmRebymjpQ/s1600/S%25C3%25B3crates.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_HFii7gNi-ffvXxlHrRDtR4FQao08vjy9a0Ime3XL06Gxp-GDbMaIrIwkGnk_iE3oyDxVho7rQgnm6kbFr6A-Yod3CvUpjBzrTFKF7XJ0uNG-ET93wvW1IEcOu_i5zWdiIbsmRebymjpQ/s200/S%25C3%25B3crates.jpg" width="138" /></a><span style="line-height: 115%;">Os jovens que seguiam os <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_sof%C3%ADstica">sofistas</a>, que escutavam <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3crates">Sócrates</a>, que frequentavam os ginásios eram ricos. Os ginásios se converteram, por volta do século IV, em centros de reunião da sociedade elegante. Frequentá-los era equivalente a declarar que não se estava obrigado a trabalhar para viver.</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiat-qGyTefgaaGnQwL454pAzRaOn8i_tF6eNFQ-QJZVcJNv7GhQk_rtK5v5tVxzWL3YZ_3yiF1S3kYozKz44zP75ZI7oG58PGvRXp_0EkCeu1OUKrwnO1RybKDifEc01LpK6R6KUcg1-OU/s1600/Prot%25C3%25A1goras.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiat-qGyTefgaaGnQwL454pAzRaOn8i_tF6eNFQ-QJZVcJNv7GhQk_rtK5v5tVxzWL3YZ_3yiF1S3kYozKz44zP75ZI7oG58PGvRXp_0EkCeu1OUKrwnO1RybKDifEc01LpK6R6KUcg1-OU/s200/Prot%25C3%25A1goras.jpg" width="176" /></a></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Porém, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Prot%C3%A1goras_de_Abdera">Protágoras</a> assinalava como fim da educação: “dar bons conselhos em assuntos domésticos, para que os jovens arranjem as suas casas do melhor modo possível, da mesma forma que capacitá-los em assuntos políticos, para serem capazes de dominar os negócios da cidade.</span><span style="line-height: 115%;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"></span></span><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">A “velha educação” impunha às crianças uma disciplina militar. Na sua ida a escola as crianças eram acompanhadas por um escravo (pedagogo) até um lugar em que se reuniam todas as crianças do bairro.</span></span><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Teóricos da educação propriamente ditos, como <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Plat%C3%A3o">Platão</a> e <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles">Aristóteles</a> interpretaram, cada qual ao seu modo, o sentir das classes dominantes.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><blockquote><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Formar os guardiões do estado, que saibam ordenar e obedecer, de acordo com a justiça. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">A justiça seria conseguida desde que cada classe social realize a sua função própria. <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Plat%C3%A3o">PLATÃO</a></span></span></div></blockquote><blockquote style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">“Não apenas sustentou que a escravidão estava na natureza das coisas, como afirmou que as classes industriais são incapazes de ‘virtude” e de poder político.” <a href="http://www.blogger.com/goog_1667066425">ARISTÓTELES</a></span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles"></a></span></blockquote><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Para ambos uma sociedade fundada no trabalho escravo não podia assegurar cultura para todos. O rendimento da força humana era tão exíguo que um homem não podia estudar e trabalhar ao mesmo tempo. Portanto, aos filósofos caberia a direção da sociedade, aos guerreiros, protegê-las e aos escravos manter as duas classes anteriores. A separação entre a foca física e a força mental impunha ao mundo antigo estas duas enormidades: para trabalhar, era necessário gemer misérias da escravidão e, para estudar, era preciso refugiar-se no egoísmo da solidão.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Como <a href="http://educehist.blogspot.com/p/bogdan-suchodolski.html">Suchodolski</a> já dizia, a filosofia de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Plat%C3%A3o">Platão</a> havia tomado tamanha importância capital na história espiritual da Europa, resultando não só por ter sido por diversas vezes ponto de partida de várias correntes filosóficas, desde a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_helen%C3%ADstico">época helenística</a> ao <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento">Renascimento</a>, mas também de algumas das teses da filosofia essencial tendo entrado por vezes no domínio público quase geral, tornando-se expressão da posição idealista mais vulgar em relação a realidade. Isso se revelou particularmente fértil no campo da pedagogia. Platão teria ensinado a diferenciar o mundo da Ideia perfeita, que não é mais que o mundo das sombras, empírico, imperfeito, inconstante, de fato irreal, que é o terreno da vida humana. Ele distinguiu no próprio homem o que pertence a este mundo das sombras e o que pertence ao mundo magnífico das idéias: o espírito na sua forma pensante. Estas distinções constituíram o motivo clássico que conduziu a pedagogia da essência a descurar tudo o que é empírico no homem e em torno do homem a conceber a educação como medidas para desenvolverem no homem tudo o que implica a sua participação na realidade ideal, tudo o que define a sua essência verdadeira, embora asfixiada pela sua existência empírica.</span></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Todo esse contexto nos faz lembrar da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_de_Atenas">Escola de Atenas</a>. A seguir um vídeo para exemplificar essa ideia.</span></div><br />
<div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/5rzT9CAS-Lg?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe> </div><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">PONCE, A. <span style="font-style: italic;">Educação e luta de classe.</span> São Paulo: Cortez Editora e Autores Associados, 1981.(Capítulo II)<br />
<br />
SUCHODOLSKI, B. <span style="font-style: italic;">A pedagogia e as grandes correntes filosóficas. </span>Lisboa, Horizonte, 1984.</span><span style="font-size: small; line-height: 115%;">(Capítulo II)</span><br />
<br />
<div style="text-align: right;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Escrito por Flávia Lemos Bianquini. </span></div></div>fbianquinihttp://www.blogger.com/profile/06669812451549654145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5895644125506801052.post-86272207613992120312011-06-18T22:42:00.010-03:002011-06-27T00:05:37.531-03:00Educação do Homem Antigo<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Na transformação da sociedade comunista primitiva em sociedade dividida em classes, a educação tem como fins específicos a luta contra as tradições do comunismo tribal. O ideal pedagógico já não pode ser o mesmo para todos; não só as classes dominantes tem ideais diferentes dos da classe dominada, como ainda tentam fazer com que a massa laboriosa aceite essa desigualdade de educação como uma desigualdade imposta pela natureza, desigualdade, contra a qual seria loucura rebelar-se.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Quando os gregos entraram para a história restavam apenas alguns vestígios do comunismo primitivo. Desde o séc X até o VIII a.C., as tribos gregas viveram quase que exclusivamente da agricultura, cada família constituindo um todo que se bastava a si mesmo. </span><span style="line-height: 115%;">Emprestando dinheiro sob hipoteca, o nobre ia-se assenhoreando das terras alheias. O cidadão pobre que perdera as suas terras poderia considerar-se feliz se lhe permitissem continuar cultivando essas mesmas terras na qualidade de colono, com a condição de entregar ao novo proprietário cinco sextos do seu trabalho.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Temos, então, de um lado, a concentração gradual da propriedade em poucas mãos e, do outro, um empobrecimento cada vez mais acentuado das massas. Possuidor de terras, proprietários de escravos e guerreiro, eis aí o homem das classes dominantes.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Em relação à educação de que necessitava esse homem, Esparta e Atenas apresentam aspectos diferentes:</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Esparta">ESPARTA </a></span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"><br />
</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"> </span><span style="line-height: 115%;">As características da educação militar compartilhada pelos homens e pelas mulheres espartanas se recorriam à severidade e à crueldade para transformar os moços e as moças em rijos soldados. Fomentavam-se descaradamente as práticas do amor homossexual para estreitar os laços de companheirismo. Assegurar a superioridade militar sobre as classes submetidas, eis o fim supremo da educação, rigidamente disciplinada por meio da prática da ginástica e austeramente controlada pelos éforos, os cinco magistrados que exerciam, por delegação da nobreza, um poder quase absoluto.</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;"></span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;"></span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwB1KJ-gvqCguh7yGXm6__tzaIAQtDl-5oGBfMl5Tajp8C3BFT3ziUFEBDDQVvpPDR9NX199NamOT-Gk8RTpA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
<span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Esparta se apropriava e vivia às expensas do trabalho alheio. Integralmente dedicando à sua função de dominador e de guerreiro, o espartano nobre não cultivava outro saber que não o das coisas das armas, e não só reservava para si esses conhecimentos, como castigava ferozmente, nas classes oprimidas, todo e qualquer intento de compartilhá-lo ou de apropriar-se dele. O espartano ainda se esforçava por manter submissos e embrutecidos os escravos, por meio do terror e da embriaguez. Enquanto, por um lado, a educação reforçava o poder dos exploradores, frenava, pelo outro, as massas exploradas.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Atenas">ATENAS </a></span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"><br />
</span></span></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4gEcQhb2bYsdnQcexUQZO2IQbu3rnWUBphu8jdLboGZXvLh1RuzLT0pBsjoTm6US_kY05onjQfh8ZrSh0tGuH2_6b_ggkM2-pXIQOvAe2gnD_GSBKZ7C0PPXpjSMMsDwzfYBQViPskotd/s1600/A+Escola+de+Atenas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="238" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4gEcQhb2bYsdnQcexUQZO2IQbu3rnWUBphu8jdLboGZXvLh1RuzLT0pBsjoTm6US_kY05onjQfh8ZrSh0tGuH2_6b_ggkM2-pXIQOvAe2gnD_GSBKZ7C0PPXpjSMMsDwzfYBQViPskotd/s320/A+Escola+de+Atenas.jpg" width="320" /></a></span></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_de_Atenas">Escola de Atenas</a></span></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></td></tr>
</tbody></table><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Ainda que submetidos a uma discipla menos brutal do que a que imperava em Esparta, os jovens atenienses também consideravam a guerra como a sua ocupação fundamental, e o despotismo como a mais perfeita forma de governo. </span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 115%;"><i>"Formar o homem das classes dirigentes, eis o ideal da educação grega".</i></span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"><i> </i></span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Fundada segundo se crê por volta de 600 a.C, a escola elementar vinha desempenhar uma função que não podia ser desempenhada satisfatoriamente pela tradição oral, nem pela simples imitação dos adultos.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Devemos reconhecer que as escolas elementares eram todas dirigidas por particulares, dos quais o Estado não exigia nenhuma garantia, da mesma forma que também devemos reconhecer que a ausência dos programas oficiais deixava os mestres em aparente liberdade.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">A “liberdade” de ensino não implicava, portanto, a liberdade de doutrina. O professor não moldava os seus discípulos de acordo com as suas próprias concepções; devia formar neles os futuros governantes e inculcar neles, pela mesma razão, o amor à pátria, ás instituições e aos deuses.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">O Estado impedia a entrada nos ginásios dos jovens que não haviam frequentado as escolas e as palestras particulares. Como só eram elegíveis para os cargos estatais os jovens que haviam passado pelo ensino do ginásio, compreende-se que o resultado do “ensino livre” tenha sido a concentração dos cargos existentes nas mãos das famílias nobres.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">O filhos de um artesão quando não continuava sendo um analfabeto, apenas conseguia adquirir os mais elementares conhecimentos de leitura,escrita e cálculo. O filho do nobre por outro lado, podia completar integralmente todo o programa de uma educação que compreendia todos os graus de ensino.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Uma educação para a prosperidade era a educação reclamada por todos. A “virtude” do proprietário guerreiro, que pretendia, acima de tudo, formar soldados, empalidecia diante do “bem –estar” do homem enriquecido e prospero, que aspirava formar indivíduos conscientes do seu próprio valor e capazes de abrir novos caminhos a qualquer custo.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 115%;">Para ir à escola as crianças eram acompanhadas por um escravo (pedagogo) até um lugar em que se reuniam todas as crianças do bairro. Formavam, então, uma coluna e marchavam em ordem para a escola, com passos rítmicos e olhos baixos. Mas as crianças de agora,já não iam em formação; ao contrario, separadas e alegres, encaminhavam-se para a escola olhando tranquilamente tudo o que encontravam.</span></span><br />
<br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"> </span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/M1AL8nGFDRk?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Do outro lado temos Roma que </span><span style="line-height: 115%;">nos primeiros tempos da República, os filhos do proprietário recebiam a sua educação ao lado do pai, acompanhando-o, nas suas tarefas mais simples. </span><span style="line-height: 115%;">Para aprender, a única maneira era a pratica. A guerra, ele travava conhecimento com ela, primeiro nos campos de exercício, depois na coorte do general. Em relação a política, ele se adestrava assistindo as sessões em que se debatiam os assuntos mais ruidosos.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 115%;">Aos vinte anos, o jovem nobre, que já sabia arar a terra e que já havia assistido a algumas batalhas no exército e no Senado, estava pronto para a vida pública. Quanto à instrução propriamente dita, ele recebera rudimentos de algum escravo letrado, a quem o seu pai delegara algumas responsabilidades. Não devemos ter ilusões a respeito da eficácia de tal pedagogo. Mais cúmplice do jovem, do que seu professor, o escravo lhe ministrava uma instrução que ia muito pouco além das primeiras letras.</span></span><br />
<br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">A necessidade de uma “nova educação” começou a se fazer em Roma a partir do sec IV a.C, no mesmo momento em que a antiga classe aristocrática e rural começa a ceder posições a outra classe que se firmava, a comerciante e industrial. Unidos em confrarias e corporações, os comerciantes e os artesãos, que haviam aprendido a defender-se desse modo, começaram a ter influencias política e a gozar de consideração social.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Achando insuficiente a educação ministrada ate então aos nobres, começaram a exigir uma nova educação. Apareceu então em Roma, uma turba de professores: os LUDIMAGISTER, para a educação primaria; os GRAMATICOS, para a media; e os RETORES, para a superior.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">A primeira noticia segura a respeito de uma escola primaria em Roma data do ano de 449 a.C. Tratava-se de uma escola particular, alias como todas as da época, para onde as famílias menos ricas enviavam os seus filhos. As que não podiam pagar professores particulares para os seus filhos entravam em acordo para custear os gastos de uma escola. Artesão como qualquer outro, o ludimagister, era um antigo escravo, um velho soldado ou um proprietário arruinado, que alugava um estreito compartimento chamado pérgula e abria ali a sua “loja de instrução”. O oficio do professor, da mesma forma que qualquer outro em que se ganhava um salário, era profundamente desprezado. Aos olhos dos romanos, o salário era uma prova de servidão.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">O grammaticus levou de casa em casa a instrução enciclopédica necessária para a política, para os negócios e para as disputas nos tribunais. Desde a dicção esmerada, ate um rápido bosquejo filosófico, o essencial da cultura era ensinado, críticos capazes que, de certo modo, formavam a opinião publicam.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Mas, ainda estava faltando alguma coisa: faltava a cultura especializada que conduzia em linha reta aos altos cargos oficiais. E essa foi a novidade trazida pelos retores. O retor não se esquecia de um só detalhe: tinha algo de poeta e de ator, de advogado e de músico, de janota e de professor de boas maneiras. Previa os gestos mais insignificantes e os discutia a fundo. Graves polêmicas se travavam assim sobre coisas que para nos não passam de trivialidades.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">As escolas públicas primárias foram uma criação dos comerciantes, dos industriais; as escolas públicas superiores também foram uma exigência do poderio crescente dessas classes, um modo de assegurar melhor a direção política de seus negócios.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">A criança rica,que aos 7 anos havia entrado para a escola do magister, e que aos 12 começava a frequentar a do gramático, aos 16 se opunha em contato com o ensinamento do retor, que exigia, na realidade, a vida inteira para ser assimilado com proveito. </span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Uma vez que não podiam formar oradores, como nos tempos republicanos, os retores ensinavam aos seus ricos alunos tudo quanto poderia ser essencial para a burocracia do império. Os conhecimentos propriamente técnicos não eram ensinados pelo retor, mas ele ensinava a defender igualmente as causas opostas, com argumentos sutis e de efeito. Os alunos discutiam sobre temas caprichosos, que refletiam mais ou menos bem os assuntos reais.</span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-size: large;"><i style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">"O ensino passou a ser uma verdadeira industria, de que dependia a prosperidade dessas cidades."</i></span><span style="color: red;"> </span></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"> </span></span><br />
<span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;">PONCE, A. </span><span style="font-size: small; font-style: italic;">Educação e luta de classe.</span><span style="font-size: small;"> São Paulo: Cortez Editora e Autores Associados, 1981. (Capítulo II e III).</span><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"> </span></span></div></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: right;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Texto escrito por Izabela Moreira Alves e redigido por Flávia Lemos Bianquini.</span></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: small; line-height: 115%;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span></div>fbianquinihttp://www.blogger.com/profile/06669812451549654145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5895644125506801052.post-78642021519181047822011-06-18T19:23:00.004-03:002011-06-26T17:10:58.187-03:00A Educação na Comunidade Primitiva<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Na comunidade primitiva temos uma pequena coletividade assentada sobre a propriedade comum da terra e unida por laços de sangue. Seus membros eram indivíduos livres, com direitos iguais, que ajustaram as suas vidas às resoluções de um conselho formado democraticamente por todos os adultos, homens e mulheres, da tribo. O que era produzido em comum era repartido com todos, e imediatamente consumido. O pequeno desenvolvimento dos instrumentos de trabalho impedia que se produzissem mais do que o necessário para a vida quotidiana e, portanto, a acumulação de bens.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Na comunidade primitiva, as mulheres estavam em pé de igualdade com os homens, e o mesmo acontecia com as crianças. A sua educação não estava confiada a ninguém em especial, e sim à vigilância difusa do ambiente. As convivências diárias que essas crianças mantinham com os adultos as introduziam nas crenças e práticas que o seu grupo social tinha por melhores. A criança adquiria sua primeira educação sem que ninguém a dirigisse expressamente.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="center" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0TZc07wm29TidjIqOFtRVXla2NXPkp7gRdDeu_tG6jfUe2cU58xagyEDyKhx0u85sK8C_wEEIOcvYXQfHESx89ec4nblCBQ6XwohZ7Z_pDmqqhrLVkqNG99BwBTD_U7x7WyybpxhcPW9W/s1600/Comunidade+Primitiva.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="156" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0TZc07wm29TidjIqOFtRVXla2NXPkp7gRdDeu_tG6jfUe2cU58xagyEDyKhx0u85sK8C_wEEIOcvYXQfHESx89ec4nblCBQ6XwohZ7Z_pDmqqhrLVkqNG99BwBTD_U7x7WyybpxhcPW9W/s200/Comunidade+Primitiva.jpg" width="200" /></a><span style="font-size: large;"><i>"o ensino era para a vida e por meio da vida."</i></span></span></div><div align="center" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">As crianças se educavam tomando parte nas funções da coletividade. Elas nunca eram castigadas durante o seu aprendizado.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="center" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: large;"><i>“Deixam-nas crescer com todas as suas qualidades e defeitos.”</i> </span></div><div align="center" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><blockquote style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Apesar de entregues ao seu próprio desenvolvimento, nem por isso as crianças deixavam de se converter em adultos, de acordo com a vontade impessoal do ambiente. BILDUNG</span></blockquote><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><blockquote style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">São adultos tão idênticos uns aos outros que ainda se encontravam ligados à comunidade por um verdadeiro “cordão umbilical”. <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Marx">MARX</a></span></blockquote><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><blockquote style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Estamos tão acostumados a identificar a Escola com a Educação, e esta com a noção individualista de um educador e um educando, que nos custa um pouco reconhecer que a educação na comunidade primitiva era uma função espontânea da sociedade em conjunto, da mesma forma que a linguagem e a moral. <a href="http://educehist.blogspot.com/p/anibal-ponce_17.html">PONCE</a></span></blockquote><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Não havia nada,absolutamente nada, superior aos interesses e às necessidades da tribo. Era esse o ideal pedagógico que o grupo considerava fundamental para a sua própria existência.Os fins dessa educação primitiva derivam da estrutura homogênea do ambiente social, identificam-se com os interesses comuns do grupo, e se realizam igualitariamente em todos os seus membros, de modo espontâneo e integral: espontâneo na medida em que não existia nenhuma instituição destinada a inculcá-los, integral no sentido que cada membro da tribo incorporava mais ou menos bem tudo o que na referida comunidade era possível receber e elaborar. Era conceito da educação, porém, era adequado para a comunidade primitiva, mas deixou de sê-lo à medida que esta foi lentamente se transformando numa sociedade dividida em classes.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">A divisão da sociedade em “administradores” e “executores” não teria levado à formação das classes, tal como hoje conhecemos, se outro processo paralelo não tivesse ocorrido ao mesmo tempo. As modificações introduzidas na técnica aumentaram de tal modo o poder do trabalho humano que a comunidade, a partir desse momento, começou a produzir mais do que o necessário para o seu próprio sustento.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="center" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><i><span style="font-size: large;">"Com o aumento do seu rendimento, o trabalho do homem adquiriu certo valor."</span> </i></span></div><div align="center" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">O trabalho escravo aumentou o excedente de produtos, produtos esses que os “administradores” comerciavam. As coisas continuaram assim até que as funções dos “organizadores” passaram a ser hereditárias, e a propriedade comum da tribo passou a constituir propriedade privada das famílias que a administravam e defendiam. Donas dos produtos, a partir desse momento as família dirigente passaram também a ser donas dos homens.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">E com o desaparecimento desses interesses comuns a todos os membros iguais de um grupo e a sua substituição por interesses distintos, pouco a pouco antagônicos, o processo educativo, que ate então era único, sofreu uma partição: a desigualdade entre os “organizadores”- cada vez mais exploradores- e os “executores” – cada vez mais explorados – trouxe,necessariamente, a desigualdade das educações respectivas.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Cada “organizador” educava os seus parentes para o desempenho do seu cargo, e predispunha o resto da comunidade para que os elegessem. Com o passar do tempo, essa eleição se fez desnecessária: os “organizadores” passaram a designar aqueles que deveriam sucedê-los e, desse modo, as funções de direção passaram a ser patrimônio de um pequeno grupo que defendia ciumentamente os seus segredos. Para os que nada tinham, cabia o saber do vulgo; para os afortunados, o saber da iniciação.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Começa a haver uma hierarquia em função da idade, acompanhada de uma submissão autoritária que exclui o antigo tratamento benévolo demonstrado para com a infância, ao mesmo tempo em que surgem as reprimendas e os castigos. Já não sendo possível confiar a educação das crianças à orientação espontânea do seu meio ambiente. A educação sistemática, organizada e violenta, surge no momento em que a educação perde o seu primitivo caráter homogêneo e integral.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Uma vez constituídas as classes sociais, passa a ser um dogma pedagógico a sua conservação, e quanto mais a educação conserva o status quo, mais ela é julgada adequada. Já nem tudo o que a educação inculca nos educandos tem por finalidade o bem comum, a não ser na medida em que “esse bem comum” pode ser uma premissa necessária para manter e reforçar as classes dominantes. Para estas, a riqueza e o saber; para as outras, o trabalho e a ignorância.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Acompanhando as transformações experimentadas pela propriedade, a situação social da mulher também sofreu modificações de vulto. Ela agora passou a ocupar-se tão somente com funções domésticas que deixaram de ser sociais. A mulher, da comunidade primitiva, quando, juntamente com o homem, desempenhava funções uteis à comunidade, gozava dos mesmos direitos que este; mas perdeu essa igualdade e passou à servidão no momento em que ficou afastada do trabalho social produtivo, para cuidar apenas do seu esposo e dos seus filhos. A sua educação, ao mesmo tempo, passou a ser uma educação pouco superior à de uma criança.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiB8YxXLZz9Kvl61PGbnyebV3OGYOCaMnUwcimnR-434yhVfKGsRhCl7ljMB98MOhYe4YTZevgxMOF37IkNU0kIzl0SBTJ1k3zEgkSb7RAqBztfy31IiezGqd6b3292bdoEFBs1JzCRD-1A/s1600/Comunidade+Primitiva+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="153" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiB8YxXLZz9Kvl61PGbnyebV3OGYOCaMnUwcimnR-434yhVfKGsRhCl7ljMB98MOhYe4YTZevgxMOF37IkNU0kIzl0SBTJ1k3zEgkSb7RAqBztfy31IiezGqd6b3292bdoEFBs1JzCRD-1A/s200/Comunidade+Primitiva+2.jpg" width="200" /></a>Ela agora passou a ocupar-se tão somente com funções domésticas que deixaram de ser sociais. A mulher, da comunidade primitiva, quando, juntamente com o homem, desempenhava funções uteis à comunidade, gozava dos mesmos direitos que este; mas perdeu essa igualdade e passou à servidão no momento em que ficou afastada do trabalho social produtivo, para cuidar apenas do seu esposo e dos seus filhos. A sua educação, ao mesmo tempo, passou a ser uma educação pouco superior à de uma criança.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Mas ainda estava faltando uma instituição que não só defendesse a nova forma privada de adquirir riquezas, em oposição às tradições comunistas da tribo, como também que legitimasse e perpetuasse a nascente divisão em classes e o “direito” de a classe proprietária explorar e dominar os que nada possuíam: o Estado.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">PONCE, A. </span><span style="font-size: small; font-style: italic;">Educação e luta de classe.</span><span style="font-size: small;"> São Paulo: Cortez Editora e Autores Associados, 1981. (Capítulo I) </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="right" style="text-align: right;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">Escrito por Izabela Moreira Alves.</span> </div>fbianquinihttp://www.blogger.com/profile/06669812451549654145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5895644125506801052.post-31712799741471408522011-06-18T17:55:00.004-03:002011-06-26T17:10:34.048-03:00As Grandes Correntes Filosóficas<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">No livro <i>A Pedagogia e as Grandes Correntes Filosóficas</i> de Bogdan Suchodolski encontramos duas impostantes tendências, a de uma pedagogia baseada na essência do homem e a outra baseada na existência do homem, tendo cada uma correspondendo a uma corrente filosófica.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Com <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Plat%C3%A3o">Platão</a>, Suchodolski encontra o racionalismo, com <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Tom%C3%A1s_de_Aquino">S. Tomás de Aquino</a> o cristianismo e com <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Jacques_Rousseau">Rousseau</a> e <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B8ren_Kierkegaard">Kierkegaard </a>temos a concepção de que o homem, não o de como deveria ser.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6Qpi3MWuQCjZTdJ-r64weX8RJZf2nEsyklW_YtFyAzwO8u-p7MP1v7ct1TvLxT9Ou2dNl6GNtgQrW95m9GFB_UAB_Ph5iIHiM3W1ygIfOTrCV1nGoVuX2zDhonHDtFlOPuercoNCiI8_6/s1600/Pensadores.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="100" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6Qpi3MWuQCjZTdJ-r64weX8RJZf2nEsyklW_YtFyAzwO8u-p7MP1v7ct1TvLxT9Ou2dNl6GNtgQrW95m9GFB_UAB_Ph5iIHiM3W1ygIfOTrCV1nGoVuX2zDhonHDtFlOPuercoNCiI8_6/s400/Pensadores.jpg" width="400" /></a></span></td></tr>
<tr style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">Platão, S. Tomás de Aquino, Rousseau, Kierkegaard.</span></td></tr>
</tbody></table><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;">Essas concepções remeterão a duas pedagogias, a da evolução da criança e da adpatação da criança, para os pensadores as ideias se conflutuam e Bogdan mostra como essas opiniões se dinamizam, pois para ele o homem é criador do seu próprio meio e de si mesmo.</span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Plat%C3%A3o">Platão</a> foi analisado por ter distinguido no próprio homem o que pertence a este mundo das sombras que encobre o Renascimento, definindo assim a essência verdadeira asfixiada pela existência empírica. Sendo assim para ele o papel da educação é o de conduzir o homem à descoberta da pátria verdadeira e ideal.</span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;">Se houver observação sensível das coisas e ao estudo dialético das opiniões, possibilitada pela reminiscência da vida do que se obervou, levará ao cunho do conhecimento.</span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;">Para <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Tom%C3%A1s_de_Aquino">Aquino</a> que também se mantém na pedagogia da essência, mas através do cristianismo agora, o que faz com que gere um conflito interior no homem dilacerando o que liga a vida material ao espiritual.</span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;">Assim para ele a verdadeira educação liga o homem a pátria celeste e a destruição de tudo que prende o homem a sua existência terrestre.</span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;">O <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento">Renascimento </a>herdou as tradições antigas e cristãs da pedagogia da essência e as completou com um modelo do homem baseado na confiança das aquisições culturais da Antiguidade, portanto foi a época que viu nascer as consepções de educação absolutamente opostas.</span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;">Assim como aconteceu uma renovação no período, também houve no pensamento pedagógico. A escola medieval inspirou o ideal e os direitos e necessidades das crianças, mas agora com novos ares introduzindo uma concepção laica e científica das leis da Natureza.</span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;">SUCHODOLSKI, B. </span><span style="font-size: small; font-style: italic;">A pedagogia e as grandes correntes filosóficas. </span><span style="font-size: small;">Lisboa, Horizonte, 1984. (Capítulos I, II, III, IV).</span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">Escrito por Flávia Lemos Bianquini</span>.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"></div>fbianquinihttp://www.blogger.com/profile/06669812451549654145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5895644125506801052.post-59262244239803386122011-06-18T12:43:00.004-03:002011-06-19T16:23:24.094-03:00UAB - Pedagogia - História da Educação<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;">Utilizando o recurso teleaula do <a href="http://www.uab.capes.gov.br/index.php">UAB</a>, sintetizamos em uma linearidade a História da Educação. Segue abaixo vídeos da Profa. Maria Izabel Moura.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: left;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/gEg61-5O3Ho?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></span></div><span style="font-size: small;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=gEg61-5O3Ho">http://www.youtube.com/watch?v=gEg61-5O3Ho</a></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/97Mhr2P1PNs?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></span></div><span style="font-size: small;"><a href="http://www.blogger.com/%20http:/www.youtube.com/watch?v=97Mhr2P1PNs"> http://www.youtube.com/watch?v=97Mhr2P1PNs</a></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/w2Hv9ND0PKM?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></span></div><span style="font-size: small;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=w2Hv9ND0PKM">http://www.youtube.com/watch?v=w2Hv9ND0PKM</a></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/koZE09-FcpQ?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></span></div><span style="font-size: small;"><a href="http://www.blogger.com/%20http:/www.youtube.com/watch?v=koZE09-FcpQ"> http://www.youtube.com/watch?v=koZE09-FcpQ</a></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/a4KzMyky4Wo?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></span></div><span style="font-size: small;"> <a href="http://www.youtube.com/watch?v=a4KzMyky4Wo">http://www.youtube.com/watch?v=a4KzMyky4Wo</a></span></div>fbianquinihttp://www.blogger.com/profile/06669812451549654145noreply@blogger.com